Token RUNE valoriza 13% após THORChain dar início a rede própria

A THORChain ativou um “killswitch” (botão de desligar) que eventualmente eliminará os tokens RUNE criados nas blockchains Ethereum e BNB. Como resultado, os usuários poderão emitir os tokens direto na blockchain nativa da THORChain. 

De acordo com a equipe, a ativação do mecanismo ocorreu na segunda-feira (18), durante a ativação do bloco 6.500.000. A partir daí, a rede não irá mais atualizar a paridade entre o RUNE e ETH e BNB, acabando, na prática, com o suporte a estas duas redes.

“O killswitch BEP-2 e ERC-20 $RUNE será ativado no bloco 6.500.000. As atualizações não serão mais 1:1”, disseram os desenvolvedores da THORChain. BEP-2 e ERC20 referem-se a tokens emitidos no topo das redes BNB Chain e Ethereum, respectivamente.

Redução e eliminação

Até o acionamento do mecanismo, cada RUNE era negociado na proporção de um para um tanto na BNB quando no Ethereum. Ou seja, os usuários resgatavam RUNE nessas redes de forma indireta, conforme a cotação entre RUNE/ETH e RUNE/BNB.

Com o acionamento do mecanismo, esta conversão vai diminuir gradualmente até acabar por completo. Segundo o cronograma, a THORChain agora terá três tokens. O primeiro é o RUNE executado na blockchain nativa, chamado THOR.RUNE.

Os demais serão os tokens executados no Ethereum (ETH/RUNE) e na BNB (BNB/RUNE). Nestes casos, a proporção de resgate cairá de um para um para um para zero no próximo ano.

Isso significa que quem resgatar um BNB/RUNE ou ETH/RUNE daqui a seis meses contando da data de ativação do killswitch receberá apenas 0,5 THOR/RUNE. Um ano depois, este valor cairá para zero. Em outras palavras, o dois tokens perderão seu valor e deixarão de ser transacionados.

RUNE ganhará independência

Até agora, o RUNE era emitido nas redes BNB Chain e Ethereum como um IOU. Ou seja, os usuários resgatavam o token por um valor equivalente em ativos na rede THORChain, mas não pegavam o ativo em si.

Os usuários adquiriram os tokens 18 meses antes do lançamento de sua rede de testes multicadeia, “Chaosnet”. Qualquer um poderia ter adquirido RUNE suficiente para executar um “THORNode”, que processa transações e valida a rede THORChain.

No entanto, os desenvolvedores explicaram que os tokens da BNB e Ethereum permitiram que terceiros criassem novos tokens usando a função “mint” do THORChain. Na prática, ambos fizeram a THORChain se tornar dependente das duas redes.

A equipe alertou que um hacker encontrou vulnerabilidades na função de mint do RUNE dentro da BNB. Mas o hacker era um white hat, ou hacker ético, de modo que não explorou a vulnerabilidade.

O episódio acelerou a decisão da THORChain em ganhar mais independência, pois os desenvolvedores afirmam que o Ethereum dispõe dos mesmos problemas. 

“Seis meses atrás, um white hat encontrou uma vulnerabilidade crítica, que foi *quase* explorada, mas rapidamente evitada, em torno dessa funcionalidade mint na Binance Chain. O ETH.RUNE também possui características desfavoráveis ​​para os detentores de longo prazo, sendo a função ‘transferTo()” uma delas, que facilita ataques phishing aos usuários”, disseram.

Dessa forma, a equipe decidiu que era mais seguro mover os tokens para a rede nativa da THORChain, tornando a rede menos suscetível a explorações e riscos de ataques.

Exchanges devem fazer mudança

Mas antes da mudança, os desenvolvedores precisarão convencer as exchanges a listar o novo token. E nesse sentido, o grupo afirmou que grandes exchanges que listaram o BNB.RUNE ainda não fizeram a mudança para o RUNE nativo da THORChain.

Isso criou dois mercados separados para RUNE, sendo que um que é desnecessário e problemático, pois retarda a adoção da rede, disseram. “Essas exchanges ainda não receberam um imperativo para mudar para o RUNE da THORChain”, alertaram os desenvolvedores.

A THORChain permite que os usuários negociem Bitcoin (BTC) por qualquer outro ativo suportado sem o uso de pontes ou ativos embrulhados. Pontes são softwares que permitem aos usuários transferir moedas entre diferentes blockchains.

O protocolo agora suporta trocas entre sete grandes criptomoedas. Além de BTC e Ether (ETH), também é possível trocar BNB, Dogecoin (DOGE), Litecoin (LTC), Bitcoin Cash (BCH) e o próprio RUNE. Um suporte para Cosmos (ATOM) e Avalanche (AVAX) deve vir nos próximos meses.

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