Mineração do Bitcoin cresce em hash rate e resistência à censura nos últimos três meses

O poder de processamento (hash rate) do Bitcoin tem aumentado muito nos últimos três meses, conforme dados da plataforma btc.com. A rede saltou de de 103 exahash por segundo (EH/s) em 25 de julho para os atuais 152 EH/s de hoje, um aumento de 32%.

Além da alta no médio prazo, a mineração anônima também cresceu. Atualmente, essa métrica representa cerca de 12% de todo o hash rate.

Evolução no hash rate do Bitcoin. Fonte: btc.com.

Lucro da mineração cresce

Desde que a China proibiu a mineração, o hashrate do BTC vem recuperando da forte queda em maio. A recuperação começou a partir de julho, quando a rede voltou a ter mais de 100 EH/s de força.

Ao mesmo tempo, a recuperação no preço da criptomoeda fez aumentar a taxa, bem como o lucro dos mineradores. Por exemplo, a Microbt Whatsminer M30S ++, com 112 terahash por segundo (TH/s) de hashrate, pode fazer US$ 37,47 por dia com os preços atuais do BTC e US$ 0,12 por quilowatt-hora (KW/h) de eletricidade por dia.

Já a Antminer S19 Pro, da Bitmain, tem uma potência levemente menor, de 110 TH/s. Mas ainda consegue gerar um bom lucro, fazendo US$ 37,26 por dia com os mesmos US$ 0,12 por KW/h.

Hoje, o maior pool de mineração do BTC é o F2pool com 17,56% do hash rate, seguido pelo AntPool, controlado pela Bitmain, que detém 17,1%. A ViaBTC vem em terceiro lugar, com 12% do hash rate total.

Hash rate do BTC dividido por cada pool. Fonte: btc.com

Rede tem aumento na resistência contra a censura

Todavia, o número mais expressivo não é a taxa dos pools em si, mas sim a mineração classificada como “unknown” (desconhecido). Esse campo é destinado aos mineradores que não estão ligados a nenhum pool específico.

Nesse sentido, a taxa cresceu para 12%, atrás apenas dos três grandes pools. Em outras palavras, mais de um décimo do hash rate do BTC hoje é totalmente descentralizado e pseudônimo. Tal percentual corresponde a 17,98 EH/s de todo o hash rate.

Por não estarem vinculados a nenhum pool, esses mineradores são mais resistentes à censura ou a tentativas de bloqueio, o que aumenta a força do BTC como um todo. Afinal, um dos aspectos que tornam a rede poderosa é justamente a dificuldade de bloquear suas operações

Como prova dessa resiliência, a rede já sofreu sete aumentos de dificuldade consecutivos. O último deles, ocorrido em 18 de outubro, foi de 0,95%. Dessa forma, o próximo ajuste, previsto para 31 de outubro, deve aumentar mais 4,07% de acordo com projeções do btc.com.

Para Ray Nasser, CEO da mineradora Arthur Mining, o processo de descentralização é importante, mas tem uma ressalva. Segundo Nasser, o aumento dos mineradores como um todo é um indicador mais importante da saúde do BTC.

“Acredito que o fortalecimento da rede está ligado muito mais ao aumento no número de mineradores no geral, estando eles vinculados a pools ou não. Nada impede que o minerador trace o seu próprio caminho sem participar de um pool. No caso de quem tem pouco hashrate, por exemplo, não vale a pena ficar fora de um pool, já que com isso, o risco de sofrer um aperto de liquidez aumenta”, destaca.

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