Mesmo com bear market, número de carteiras com mais de 1 Bitcoin atinge máxima histórica
A recente crise do mercado de criptomoedas levou a vendas maciças por todos os lados. Como resultado, o preço do Bitcoin (BTC) chegou a cair abaixo dos US$ 25 mil na semana passada. Mesmo assim, o número de carteiras com mais de um BTC atingiu sua nova máxima histórica.
De acordo com a empresa de análise de dados Glassnode, os endereços com mais de um BTC atingiram a cifra de 841.224 na segunda-feira (16). Foi a primeira vez na história que este dado superou a marca de 800 mil endereços.
Número de endereços com mais de um BTC. Fonte: Glassnode.
Ao mesmo tempo, os indicadores mostram uma pequena queda no fluxo de entrada de BTC nas exchanges. De acordo com os dados, haviam 2,54 milhões de BTC em 12 de maio; no dia 16, porém, o número caiu para 2,5 milhões.
Parte desse movimento se deve a um saque de 32 mil BTC realizado na exchange Coinbase durante o final de semana.
Queda no fluxo de BTC para exchanges. Fonte: Glassnode.
Perdas bilionárias
Contudo, os investidores que negociaram BTC durante o período de alta volatilidade amargaram perdas da ordem de bilhões de dólares. Nesse sentido, as perdas atingiram a cifra diária de US$ 2,5 bilhões em um intervalo de apenas dois dias.
Ou seja, o mercado sofreu um prejuízo líquido de US$ 5 bilhões neste período – cerca de R$ 25 bilhões em valores atuais. E isto apenas entre os investidores de BTC.
Para a Glassnode, este foi o maior período de capitulação de perdas na história da criptomoeda. Em termos agregados, de fato é o período com maiores perdas. Um mês com dois dias de grandes perdas realizadas era algo que não acontecia desde junho de 2021.
“As perdas líquidas realizadas em todos os gastos na cadeia atingiram mais de US$ 2,5 bilhões por dois dias consecutivos. Isto está em pé de igualdade com os maiores eventos de capitulação da história (o maior, se considerado agregado)”, afirma a Glassnode.
Cabe ressaltar que conforme noticiou o CriptoFácil, o BTC registrou uma sequência de sete semanas consecutivas de desvalorização, algo inédito em seus 13 anos de história. Portanto, o volume de perdas está condizente com o grande período nesta atual fase do ciclo de halving.
Quantidade de perdas realizadas no BTC. Fonte: Glassnode.
Quem está comprando?
Mesmo com uma volatilidade tão extrema, a compra de um BTC permanece proibitivamente cara para a maioria dos investidores de varejo. Portanto, os investimentos maiores que um BTC geralmente são feitos por grandes investidores.
Como resultado, quando o valor do ativo caiu, grandes investidores conhecidos como baleias podem ter aumentado suas participações no ativo. É o chamado “comprar na baixa”, algo que parece ter sido feito por muitos investidores novatos.
Outra possibilidade é que investidores com menos de um BTC aproveitaram a queda para aumentar suas frações. Ao acumularem o número mágico de 100 milhões de satoshis (1 BTC), suas carteiras passaram a integrar essa nova estatística.
Vale a pena notar que o número de pessoas que possuem pelo menos 1 BTC não se reflete nas estatísticas sobre endereços com pelo menos 1 BTC. O número de proprietários de carteiras varia amplamente em várias circunstâncias, e algumas pessoas podem ter acesso a carteiras com participações menores.
No momento da escrita deste texto, um BTC estava sendo negociado a R$ 149.213, em alta de 4,6% nas últimas 24 horas.
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