Apesar de proibições, China ‘ressurge’ no mercado de mineração de Bitcoin

Em meados de 2021, a China intensificou suas ações visando combater o mercado de criptomoedas no país e também a mineração.

Assim, após as proibições, mineradores que operavam no país tiveram que migrar para outros países. Com isso, a China perdeu sua posição como um dos principais centros de mineração de Bitcoin do mundo. Mas isso mudou ao longo dos meses.

Os números mais recentes do Cambridge Bitcoin Electricity Consumption Index (CBECI) no que diz respeito ao hashrate global (poder computacional para mineração) mostram que a China voltou a ser o segundo maior polo de mineração de BTC do mundo.

Mineração de Bitcoin sobrevive na China

No ano passado, após a migração dos mineradores da China para outros países, um estudo da Universidade de Cambridge revelou que os Estados Unidos haviam se tornado os líderes do hashrate global da rede Bitcoin. Em seguida, vinha Cazaquistão e Rússia.

Em maio de 2021, há um ano, a China era responsável por cerca de 50% do total global. Mas esse percentual caiu para 0% em agosto, depois que a China proibiu a atividade. Contudo, em setembro de 2021, o percentual do hashrate chinês saltou para 22,3%.

E, nos meses seguintes, a China conseguiu manter uma média acima de 18%, apesar da intensa repressão à mineração.

“Após a proibição do governo em junho de 2021, o hashrate relatado para todo o país caiu para zero durante os meses de julho e agosto. No entanto, o hashrate relatado subiu repentinamente para 30,47 EH/s em setembro de 2021. Isso catapultou instantaneamente a China para o segundo lugar global em termos de capacidade de mineração instalada (22,29%)”, diz o relatório do grupo.

Agora, o país asiático só ficou atrás dos EUA, com 38%. O Cazaquistão ficou em terceiro.

Ressurgimento da mineração na China

Em uma publicação desta terça-feira (17), o grupo com sede em Cambridge destacou que os novos dados confirmam que os EUA não apenas mantiveram sua posição de liderança, mas também superaram o resto do mundo em termos de crescimento de hashrate.

“Isso é evidenciado pelo aumento da capacidade instalada de 42,74 EH/s (35,40%) em agosto de 2021 para 70,97 EH/s (37,84%) em janeiro de 2022”, diz o CBECI.

De qualquer forma, o que chama a atenção, de fato, é o “ressurgimento” da China neste mercado. De acordo com o relatório, isso sugere fortemente que uma significativa atividade de mineração subterrânea se formou no país.

“O acesso à eletricidade fora da rede e operações de pequena escala geograficamente dispersas estão entre os principais meios usados ​​pelos mineradores subterrâneos para esconder suas operações das autoridades e contornar a proibição”, diz o relatório.

Os analistas afirmam, ainda, que à medida que a proibição se estabeleceu e o tempo passou, os “mineradores subterrâneos” ganharam confiança e “parecem satisfeitos com a proteção oferecida pelos serviços de proxy locais”.

Limitações da metodologia

No entanto, a metodologia do grupo apresenta algumas limitações. Afinal, como eles mesmos disseram, é pouco provável um retorno dessa magnitude no período de apenas um mês.

Isso é particularmente improvável quando se considera as questões físicas para instalação de máquinas. Em vez disso, os autores acreditam que uma explicação mais provável está na metodologia de pesquisa.

“[A metodologia] é baseada em dados de geolocalização agregados relatados por pools de mineração parceiros. Essa abordagem é teoricamente vulnerável à ofuscação deliberada por mineradores individuais que podem, por vários motivos, optar por ocultar sua localização usando redes privadas virtuais (VPN) ou outros serviços de proxy”, esclarecem.

Apesar disso, o relatório destaca que essa limitação teve apenas um “impacto moderado na validade da análise geral”.

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