Justiça manda soltar líderes da suposta pirâmide Indeal que movimentou R$ 1,1 bilhão
Presos em 25 de agosto, três sócios da empresa Indeal, apontada como um esquema de pirâmide de criptomoedas, tiveram sua liberdade decretada após decisão do Ministério Público Federal (MPF).
O juiz Guilherme Beltrami mandou soltar Ângelo Ventura da Silva, Francisco Daniel Lima de Freitas e Régis Lippert Fernandes. A empresa da qual eram sócios é acusada de lesar mais de 23 mil pessoas em mais de R$ 1,1 bilhão.
Sediada em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, a Indeal prometia rendimentos de 15% sobre supostas operações com criptomoedas. No entanto, operava sem a autorização do Banco Central ou da Comissão de Valores Mobiliários do Brasil (CVM).
Sobre a decisão de soltar os sócios da Indeal
Conforme noticiou o portal GHZ, a decisão de colocar os líderes do esquema em liberdade partiu de um pedido da Polícia Federal.
Vale destacar que foi a PF quem prendeu os três na Operação Vita Continuat deflagrada em três estados em agosto.
De acordo com o delegado responsável, a PF recebeu uma manifestação favorável do MPF. O órgão entendeu que não havia mais necessidade de manter os suspeitos na cadeia.
Ainda segundo o GHZ, os alvarás de soltura já foram expedidos, e eles já estão deixando o sistema prisional.
Em nota, a defesa dos réus disse que a soltura dos clientes corrobora com o que haviam pontuado nos habeas corpus apresentado ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Segundo o pedido, não havia necessidade de os réus retornarem à prisão.
“Isso se dá em razão de os elementos colhidos pela Autoridade Policial na Operação Fractais e, posteriormente, na operação recém deflagrada, denominada Vita Continuat, não serem suficientes a demonstrar, categoricamente, qualquer indício de prática delituosa. (…) Diante disso, requereu a revogação da prisão preventiva de nossos clientes. Isso foi referendado pelo Ministério Público Federal, e deferido pelo magistrado”.
O juíz, no entanto, determinou algumas medidas cautelares aos sócios da Indeal. Eles não poderão se comunicar com os outros investigados ou pessoas relacionadas à empresa. Além disso, também estão impedidos de sair do país.
Recentemente, conforme noticiado pelo CriptoFácil, a Justiça atendeu a um pedido do MPF para serem vendidos, nos Estados Unidos, 3.537,21 Bitcoins apreendidos. E reais e na cotação atual, o montante corresponde a mais de R$ 883 milhões.
As criptomoedas serão liquidadas e enviadas ao Brasil para compensar os investidores lesados.
Leia também: Suposta pirâmide GAS começa a atrasar pagamentos e culpa bloqueios judiciais
Leia também: Coinbase busca aprovação para negociação de futuros de criptomoedas
Leia também: CZ admite que Binance precisa de “entidade centralizada” para atender reguladores