Google planeja lançar serviço de custódia para criptomoedas

O Google planeja entrar no mercado de custódia de criptomoedas, conforme revelou a Bloomberg nesta quarta-feira (18). A divisão de pagamentos da empresa planeja adicionar recursos que permitam aos usuários guardarem criptomoedas em seus cartões digitais.

Ao que tudo indica, o Google permitirá que seus clientes mantenham Bitcoin (BTC) em seus cartões digitais enquanto gastam moeda fiduciária. Dessa forma, o BTC não é diretamente usado como meio de troca, mas sim convertido em moeda fiduciária e gasto.

Contratações indicam mudança

De acordo com a reportagem, o Google anunciou duas novidades nesse sentido. A primeira delas foi a formação de uma parceria com a exchange Coinbase e o processador de pagamentos de criptomoedas BitPay. Ambos ajudarão a gigantes de busca na implementação da nova funcionalidade.

O executivo disse à Bloomberg que sua equipe está procurando oportunidades adicionais de parceria. A empresa também anunciou a contratação de Arnold Goldberg, ex-executivo do PayPal. Goldberg será o novo chefe da divisão de pagamentos.

Como o PayPal recentemente liberou transações com criptomoedas em sua plataforma, as mudanças podem indicar que o Google não deseja ficar para trás. Todavia, a empresa ainda não aceitará criptomoedas como pagamento pelos seus serviços.

Enxergando valor no Bitcoin

De acordo com Bill Ready, presidente de comércio do Google, a empresa busca evoluir e fornecer mais opções de serviços aos seus usuários. Portanto, as criptomoedas estão no radar de inovações vigiadas de perto pela empresa.

“Criptomoedas é algo em que prestamos muita atenção. À medida que a demanda do usuário e a demanda do comerciante evoluem, evoluiremos com ela”, disse Ready.

Dado o aumento astronômico do poder de compra do BTC na última década, é difícil conceber um cenário em que os usuários gostariam gastar seus satoshis, pois o custo de oportunidade de mantê-lo e gastar moeda fiduciária diretamente aumenta.

Mas eventualmente, esse gasto pode vir a acontecer, e o Google deseja ter mecanismos para facilitar esta operação para os clientes. No entanto, a gigante de buscas deixou claro que não deseja entrar no mercado bancário.

“Não somos um banco e não temos intenção de ser um banco. Alguns esforços passados, às vezes, involuntariamente invadiam esses espaços”, ressaltou Ready.

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