Deflação: oferta de ETH cai em 5.500 unidades nos últimos cinco dias

Apesar da Fundação Ethereum ter dito que o The Merge não tinha como objetivo deixar o Ether (ETH) escasso, a criptomoeda apresentou deflação nos últimos cinco dias. Desde o dia 8 de outubro, a oferta total diminuiu em cerca de 5.500 ETH.

O The Merge marcou a transição do Ethereum para um algoritmo de consenso de Prova de Participação (PoS). Só que uma das mudanças mais drásticas introduzidas diz respeito à dinâmica do aumento da oferta do ETH.

Com o consenso PoS, o ETH não está mais sendo minerador. Como resultado, a quantidade que chega ao mercado diariamente está reduzida consideravelmente em uma margem superior a 90%. Os dados do site Ultrasound Money servem para rastrear as mudanças.

Queda de 90%

De acordo com os dados, é possível fazer uma estimativa do montante dessa redução. Segundo o Ultrasound Money, no momento da redação deste artigo, um total de 7.525 ETH chegou ao mercado desde o The Merge. Esse total corresponde a novos ETH em circulação no mercado.

Fazendo uma simulação de um ambiente de mineração em Prova de Trabalho (PoW), levando em conta a taxa de emissão anterior, mostra que esse número estaria em torno de 340 mil ETH se a rede ainda estivesse rodando em seu antigo algoritmo de consenso.

Dito isso, nos últimos dias, a oferta vem diminuindo em vez de se expandir, transformando o ETH em uma criptomoeda deflacionária, embora temporária. De fato, o exemplo acima mostra que a emissão de novos ETH caiu em mais de 97%

Desde 8 de outubro, a oferta diminuiu para cerca de 5.500 ETH. Isso se deve à maneira como o EIP-1559 e o mecanismo de gravação que ele introduziu. Por causa disso, uma parte das taxas pagas (em ETH) é queimada a cada transação.

Realmente deflacionário?

De acordo com cálculos feitos pela Fundação Ethereum, seria necessário uma taxa de gás de cerca de 15 gwei para que o ETH fosse deflacionário.

Este tem sido o caso por alguns dias, e um dos principais motivos parece ter sido o novo projeto chamado XEN Crypto. O projeto fez com que a emissão da rede Ethereum caísse e os preços do gás subissem, já que mais de US$ 1,8 milhão foi pago em taxas de gás para interagir com o contrato do token.

Portanto, o ETH ainda não é de fato deflacionário, mesmo que sua emissão tenha caído drasticamente. Afinal, o conceito de deflação significa o corte da oferta de dinheiro, e a oferta de ETH segue aumentando. Nesse sentido, nem o Bitcoin (BTC) é realmente deflacionário, mas sim uma criptomoeda com oferta fixa.

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