Coronacrash completa dois anos; preço do Bitcoin valorizou 1.200% desde então

O dia 12 de março de 2020 é considerado como um divisor de águas na história do Bitcoin (BTC). Naquela data, em pleno auge da pandemia, o preço da criptomoeda caiu de US$ 6 mil para quase US$ 3,2 mil.

Conhecida como Coronacrash, a perda de 50% em poucas horas foi uma das maiores da história do BTC e chegou a colocar em xeque a visão da criptomoeda como reserva de valor. No entanto, o preço do longo prazo se mostrou resiliente e voltou a subir.

De acordo com o CoinMarketCap, a criptomoeda valorizou 1.208%, considerando o valor atual (US$ 38.664). Mas outras coisas também mudaram tanto no mercado quanto na rede do BTC. Confira o que mais evoluiu nos últimos dois anos.

O que aconteceu em 2020?

Ao contrário do que se sabe hoje, o início do ano de 2020 foi bastante otimista, sobretudo para o setor de criptomoedas. Em 1 de janeiro, o BTC estava cotado a US$ 7 mil, mas o preço subiu 30% nas seis semanas seguintes, atingindo os US$ 10 mil em março.

Junto com o BTC, outros mercados também registraram fortes valorizações. O índice de ações S&P 500, por exemplo, atingiu sua máxima histórica também em março. Com o mercado se encaminhando dessa forma, a maioria dos investidores ficou bastante otimista

No entanto, uma ameaça começou a surgir da região de Wuhan, na China. Foi naquele período que o então novo coronavírus causava suas primeiras mortes. O governo chinês decretou lockdown e fechou a região ainda em janeiro, mas o vírus acabou se espalhando.

Como resultado, o vírus começou a se espalhar por outros países da região e eventualmente chegou até o Ocidente. Ainda em março, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o vírus como uma pandemia.

Após a declaração, a tendência de alta dos mercados rapidamente se inverteu. Bolsas de valores caíram forte, com circuit breakers sendo acionados tanto nos EUA quando no Brasil. Foi aí que chegou o dia 12 de março.

Naquele dia, o BTC era negociado a cerca de US$ 8 mil, mas o preço desabou em questão de horas. A queda foi superior a 50% e derrubou o preço para perto de US$ 3,2 mil no mesmo dia. A Ether (ETH) caiu de US$ 194 para US$ 96, queda de 51%.

O dia ficou conhecido como Coronacrash, pois trouxe uma queda generalizada nos preços dos ativos. O BTC naquela época não tinha um mercado tão robusto, o que intensificou este movimento. A forte queda contribuiu para que os detratores do BTC questionassem: que reservas de valor é essa que perde 50% em um único dia.

O que aconteceu depois

No entanto, o preço do BTC não morreu, assim como ocorreu com os 400 casos anteriores de “morte” da criptomoeda. De fato, o que aconteceu foi que a criptomoeda estabeleceu um piso acima de US$ 3,2 mil naquele momento.

Isso foi muito importante no sentido de estabelecer uma segurança para o BTC. Afinal, o mercado não contava com grandes investidores nem fundos, com exceção da Grayscale. Por isso havia o receio de que a queda chegasse na proporção de 2018, quando o BTC caiu quase 80%.

Menos de dois meses depois, o BTC já tinha se recuperado e voltado aos US$ 8 mil. Logo depois, os grandes investidores começaram a entrar no mercado. O primeiro deles foi Michael Saylor, CEO da MicroStrategy, que fez sua primeira compra de BTC em agosto.

Em seguida vieram investidores como Paul Tudor Jones III, Anthony Scaramucci e outros que viraram não apenas investidores, mas também entusiastas do BTC. Até mesmo antigos detratores da criptomoeda, como Stanley Druckenmiller e Ray Dalio, começaram a elogiar e comprar BTC.

Por fim, até mesmo países se voltaram para a criptomoeda como alternativas, o que aconteceu com El Salvador. A pequena nação centro-americana foi a primeira da história a colocar o BTC como moeda oficial, o que ocorreu em 7 de setembro de 2021, e também começou a construir reservas em BTC.

O influxo de novos investidores – com perfis voltados para o longo prazo – ajudou o BTC a renovar suas máximas nos meses seguintes. No final de 2020, o preço fechou acima dos US$ 30 mil, quase 300% acima do valor registrado antes do Coronacrash.

Evolução do BTC desde o Coronacrash. Fonte: CoinMarketCap.

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