Brasileiros preferem criptomoedas a fundos imobiliários, commodities e moeda estrangeira, aponta FGV

Nem fundos imobiliários, nem commodities ou moedas estrangeiras. O investidor brasileiro está interessado mesmo é em criptomoedas.

Foi o que revelou um relatório recente desenvolvido pelo Centro de Estudos em Finanças da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGVcef).

O levantamento em questão compara o perfil de investimento de pessoas do Brasil, França e Inglaterra.

Além de mostrar que os brasileiros preferem cripto a fundos imobiliários, commodities e moeda estrangeira, o relatório também aponta que os investidores do Brasil são os mais expostos aos ativos digitais em comparação com França e Inglaterra.

De acordo com o levantamento, acessado pelo jornal Estadão, 14,5% dos investidores brasileiros afirmam possuir ativos digitais como Bitcoin (BTC), por exemplo. Enquanto isso, esse percentual é de apenas 3% para os franceses e 1,5% para os ingleses que participaram da pesquisa.

Para o estudo, foram entrevistadas 595 pessoas, sendo 200 do Brasil, 198 da França e 197 da Inglaterra.

Investimentos no Brasil

Apesar de o investimento em cripto ser expressivo no Brasil, a maioria dos brasileiros ainda prefere poupança (37,5%) ou títulos públicos e renda fixa no geral (21%).

Já quanto ao investimento em renda variável tradicional, como as ações, 16,1% disseram direcionar parte da renda para a bolsa de valores, fundos de investimento e outros ativos de risco. A título de comparação, na França o percentual é de 12,6% e na Inglaterra de 17,5%.

Tipos de investimento — Foto: FGVcef/Valor Investe

Tipos de investimento — Foto: FGVcef/Valor Investe

De acordo com os especialistas da FGV, os investidores do Brasil entendem que as criptomoedas são os ativos mais arriscados.

“O investidor parece atribuir um maior risco às criptomoedas, moedas e commodities e um menor risco à conta poupança e seguros pessoais”, aponta o relatório.

Conforme destacou William Eid, coordenador do FGVcef e um dos autores do relatório, esse resultado sobre renda variável não surpreende.

Isso porque, segundo ele, a Inglaterra tem um mercado de ações bem desenvolvido. Enquanto isso, a França e o Brasil ainda possuem mercados pequenos, o que explica a menor adesão relativa de brasileiros e franceses à Bolsa.

Visão de curto prazo

Por outro lado, Eid ressaltou que a preferência dos brasileiros por cripto tem relação com a visão de curto prazo e com a necessidade de “ficar rico logo”:

“O brasileiro não tem paciência para investir o dinheiro e deixar 15 anos em algum lugar. Ele quer que o dinheiro se multiplique rapidamente. E as criptomoedas parecem prometer isso.”

De fato, o relatório também aponta que os brasileiros investem pensando mais nos retornos a curto prazo (76%). No caso dos franceses, o percentual cai para 45,5% e dos ingleses para 64,5%.

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