Alta de juros nos EUA anima mercado e Bitcoin valoriza 10%
Na última quarta-feira (27), o banco central dos Estados Unidos (Fed) aumentou a taxa básica de juros no país. Como resultado, a chamada Federal Funds Rate (FFR) subiu de 1,75% para 2,5% ao ano.
A alta dos juros, no entanto, não afetou negativamente o preço dos ativos de renda variável, especialmente o Bitcoin (BTC). De fato, a criptomoeda teve alta de 10% nas últimas 24 horas, indo na contramão da decisão do Fed.
Como resultado, o preço do BTC agora se aproxima dos US$ 23 mil, enquanto a cotação em reais já superou novamente a barreira de R$ 120 mil. Os dados são da plataforma CoinMarketCap.
BTC opera em alta após decisões do Fed. Fonte: CoinMarketCap.
Mercado vê postura “frouxa” do Fed
Com o aumento de 75 pontos-base na quarta-feira, o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) repetiu a decisão proferida na última reunião em junho. Mais uma vez, portanto, o Fed repetiu o maior aumento individual nos juros desde 1994.
Só que o aumento foi menor do que o esperado por grande parte do mercado, que previa um aumento de 100 pontos-base (1%). E como o aumento de 0,75% da última reunião, analistas temiam que o Fed surpreendesse novamente com um aumento ainda maior.
Por fim, o FOMC acabou agindo conforme as expectativas do mercado e mantendo 0,75% de aumento. O presidente do Fed, Jerome Powell, estimou que o FOMC deve realizar novos aumentos, mas não apontou de quanto seria novas altas.
Ao que tudo indica, o Fed planeja avaliar como o mercado pretende reagir a taxa de juros atual, que, curiosamente, é a mesma máxima que os EUA atingiram no final de 2018. Naquele ano, o mercado reagiu com pesadas desvalorizações em dezembro, o que levou o Fed a reverter sua política e voltar a cortar os juros em 2019.
Inflação x recessão
O esforço do Fed em aumentar as taxas de juros tem como objetivo abaixar a inflação que assola o país desde 2021. De acordo com o último relatório, a taxa de inflação dos EUA (CPI) registrou 9,1% em 12 meses, o maior valor em 40 anos.
De fato, Powell afirmou que o objetivo do Fed é trazer a inflação de volta para a meta oficial, que é de 2% ao ano. Portanto, o FOMC deve ficar atento ao relatório de julho – que será liberado em agosto – e observar se a inflação dá sinais de queda.
No entanto, também circulam temores de que os esforços do Fed possam mergulhar a economia estadunidense em uma recessão. Várias grandes empresas de criptomoedas já anunciaram demissões em massa em junho, citando as pressões macroeconômicas.
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