4 exemplos de como a blockchain está moldando as cidades do futuro

As cidades do mundo ocupam apenas 3% do território terrestre do planeta, mas elas respondem por 60-80% do consumo de energia, metade da população mundial e 80% do PIB global. Em 2050, espera-se que a população vivendo em cidades chegue a 68%, o que significa que mais 2,5 bilhões de pessoas residirão em áreas urbanas.

Se a forma como organizamos as cidades e nossa produção continuar a mesma, precisaremos do equivalente a quase três planetas para fornecer os recursos naturais necessários para sustentar os estilos de vida das cidades.

O progresso econômico e social do nosso futuro depende de uma transação radical para cidades sustentáveis e inteligentes. Da mesma forma que as cidades são as responsáveis por grande parte das emissões globais, elas também serão o palco para a mudança e a transição para uma economia mais verde, inclusiva e sustentável.

Como podemos gerenciar os resíduos, garantir o abastecimento de alimentos e água, reduzir a emissão de carbono e garantir a resiliência do sistema econômico?

A web3 como catalisador das cidades inteligentes

Diversos instrumentos da terceira geração da internet (web3) possuem grande potencial de serem aplicados em contextos urbanos, tais como:.

  • As finanças descentralizadas, que podem servir de instrumento para modalidades de pagamentos que incluem tanto atores privados quanto atores públicos;
  • As organizações autônomas descentralizadas, que permitem instrumentos de governança inovativos que são fundamentais para promover a participação e atingir a escala necessária de eficiência;
  • Gestão inteligente e descentralizada de recursos, como água e energia
  • Tokenização de ativos naturais e mais.

A grande questão é que a descentralização da administração permitirá que as cidades ganhem uma vantagem competitiva para se diferenciar de suas vizinhas. As cidades mais bem equipadas para produzir inovação vão liderar o caminho.

Enquanto isso, cidades não planejadas resultarão em infraestrutura e serviços inadequados e sobrecarregados (como coleta de lixo, energia, sistemas de água e saneamento, transporte e governança) desencadeando fenômenos sociológicos descontrolados, com consequências destrutivas para o meio ambiente e para a população local.

Vitalik & o Bem Público 

O próprio Vitalik Buterin, um dos co-fundadores da Ethereum, é advogado da implementação das criptomoedas para o bem comum.

No episódio em que foi entrevistado pelo Kevin Owocki no podcast Green Pill, Vitalik comenta que existem dois principais problemas que são resolvidos pela tecnologia blockchain e pela criptografia. Um deles é o fato de que normalmente os projetos para o bem comum não são suficientemente financializados, enquanto bilhões são direcionados para projetos de cripto.

No Estado de Wyoming, foi aprovada uma lei que permite que organizações nativas da internet, as chamadas DAOs, possam adquirir terras e propriedades. É aí que a CityDAO não perdeu tempo e entrou na corrida como a primeira DAO a se propor a construir uma cidade do zero sendo através do ethereum, acelerando via financiamento sustentável, um projeto que poderia levar anos para sair do papel.

El Salvador 

Um dos exemplos mais interessantes de cidades web3 que temos no mundo hoje é o caso de El Salvador. No dia 5 de junho de 2021, Nayib Bukele anunciou que o país tornaria o Bitcoin uma moeda oficial do país. Alguns meses depois, Bukele colocou em prática seu plano e foi além, anunciando a criação de uma nova cidade, financiada por criptomoedas, com economia circular, isenção de impostos, com incentivos ao empreendedorismo e com mineração de Bitcoin sustentada por energia  geotérmica, advinda dos vulcões da região. Em poucos meses, Bukele transformou El Salvador na Meca dos empreendedores cripto, atraindo capital e mão de obra qualificada para o país.

Lugano

Depois de El Salvador, a cidade Suíça Lugano também reconheceu o Bitcoin como moeda legal. Além do bitcoin, o Tether e o LVGA, a stablecoin lastreada no franco suíço, também ganhou o mesmo status e poderão ser amplamente utilizadas no comércio e para o pagamento de impostos.

Estônia

A Estônia é uma importante referência para o mundo cripto, pois possui uma regulamentação que abraça tanto a criação de empresas de tecnologia quanto a emissão de tokens. O projeto da e-residency é revolucionário quando falamos de aplicações para o setor público pois o país foi um dos primeiros a permitir a emissão de documentos e serviços digitais viabilizados pela tecnologia blockchain. Tallinn, a capital agora está investigando como seria possível utilizar NFTs e outros instrumentos da web3 para identidades digitais emitidas pelo governo.

Brasil

O Brasil recentemente entrou também nessa jornada. Após o evento da ETH Rio, a Prefeitura do Rio de Janeiro lançou um artigo falando que será possível pagar o IPTU com criptomoedas em 2023. Este projeto está sendo desenvolvido pela secretaria municipal da Fazenda e Planejamento e de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação.

Impacta Finance

A Impacta Finance é um hub de soluções web3 criado para acelerar os casos de uso reais da blockchain com impacto positivo para sociedade e o meio ambiente. Para saber mais, entre em contato: [email protected] ou [email protected]

Aviso: O texto apresentado nesta coluna não reflete necessariamente a opinião do CriptoFácil.

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