SEC abre investigação contra empresas de trading ligadas a Binance

A Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) voltou a investigar a Binance. De acordo com o Wall Street Journal (WSJ), o alvo são as relações entre a exchange e duas empresas de trading ligadas a Changpeng “CZ” Zhao, fundador da Binance.

Segundo o WSJ, as duas empresas chamam-se Sigma Chain AG e Merit Peak Ltd. O objetivo da SEC é avaliar a a natureza do envolvimento de Zhao e se isso foi devidamente divulgado aos clientes.

Uma investigação aberta não indica necessariamente irregularidades. O que a SEC deseja é apurar as relações justamente para saber se existe algo de errado.

O processo das duas empresas é relativamente ambíguo. Enquanto pouco se sabe a respeito da Merit Peak, a Sigma Chain AG está localizada em Zug, na Suíça, e teve Zhao como presidente até setembro de 2019. No entanto, fontes do WSJ afirmam que Zhao permaneceu efetivamente no controle das empresas até 2021.

Ligação entre empresas e Binance

Conforme diz a matéria, a Merit e a Sigma atuam como formadoras de mercado para a Binance US. Ou seja, elas usam seus ativos para fazer as negociações acontecerem.

Nesse sentido, os formadores de mercado trazem liquidez para as exchanges, comprando e vendendo ativos e obtendo lucro em cada negociação.

Aparentemente, esta não é uma área sob o escopo da SEC, cujo objetivo é regular o mercado de valores mobiliários. Mas a autarquia já afirmou que algumas criptomoedas podem se enquadrar nessa definição.

No entanto, a SEC, sob o comando de Gary Gensler, argumentou que face ao crescimento das criptomoedas, o seu mandato deve ser mais amplo. Gensler afirmou que a agência deveria supervisionar stablecoins, tokens lastreados em moedas fiduciárias.

Ao mesmo tempo, a Binance tem sofrido com o escrutínio de diversas autoridades, algo que deve ter motivado a investigação. Por outro lado, a Binance US reitera que não negocia valores mobiliários nem oferece investimentos.

Série de investigações

O nome da Binance ganhou os holofotes de várias agências de regulamentação dos EUA. Por exemplo, a exchange foi alvo de investigações pelo Departamento de Justiça e da Receita Federal em 2021. Até mesmo o departamento de combate às drogas investigou a empresa.

A Comissão de Negociação de Futuros e Commodities (CFTC) também denunciou a Binance – neste caso, por alegações de facilitar demais as negociações dos americanos. Em outras palavras, a exchange ofereceria muitas opções e pouca segurança, segundo a CFTC.

Sua plataforma possui centenas de criptomoedas listadas e mais de 1.400 pares de negociação. A Binance também permite a negociação de derivativos, mas essa função não é permitida nos EUA. Foi por isso que a CFTC analisou possíveis negociações com informações privilegiadas na bolsa.

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