República Centro-Africana, que adotou Bitcoin, vende R$ 5,6 milhões em sua criptomoeda nacional em 24 horas

A República Centro-Africana (CAR), segundo país do mundo a adotar o Bitcoin (BTC), iniciou nesta semana as vendas de sua criptomoeda nacional chamada Sango Coin.

De acordo com detalhes no site do projeto Sango, foram colocadas à venda 200 milhões de Sango Coins a um preço estimado de pouco mais de R$ 0,50 por unidade neste ciclo atual que terá a duração de um ano.

Ao longo do “Ciclo Gênesis”, o preço da Sango vai subindo, até alcançar o preço final equivalente a cerca de R$ 2,40.

No momento da redação desta matéria, já foram vendidos 5,60% da oferta total de moedas. Ou seja, considerando o preço de R$ 0,50, o valor total da venda passa de R$ 5,6 milhões em apenas 24 horas de vendas. Ao todo, o projeto planeja arrecadar mais de R$ 5,3 bilhões com as vendas de tokens.

Sango Coin

As pessoas que desejam comprar o ativo nacional precisam de pelo menos US$ 100 (ou R$ 533) nas criptomoedas aceitas para compra; são elas: Bitcoin (BTC), Ether (ETH), BNB, Tether (USDT), USD Coin (USDC), Binance USD e DAI. O processo de venda suporta transferências desses tokens nas redes Ethereum ERC-20 e Binance Smart Chain.

Além disso, as Sango Coins compradas durante esta fase têm um requisito de aquisição de um ano. Isto é, os compradores não podem retirar ou transferir os seus tokens até que o período de bloqueio termine.

Os detentores da Sango Coin também podem obter uma permissão de residência eletrônica e se tornar cidadãos do CAR, bloqueando os tokens necessários por um período especificado.

O presidente do país, Faustin-Archange Touadéra, anunciou a Sango Coin como a criptomoeda nacional do CAR no início do mês de julho. A ideia é usar o token como parte dos planos do país para tokenizar os seus recursos minerais. A Sango Coin será executada em uma sidechain do Bitcoin, semelhante à Liquid Network da Blockstream.

Adoção do Bitcoin pela CAR

A CAR se tornou a primeira nação da África e a segunda no mundo a adotar o Bitcoin – após El Salvador em setembro de 2021 – quando reconheceu o BTC como moeda legal em abril deste ano. Conforme noticiou o CriptoFácil, a Assembleia Nacional do país aprovou a Lei Bitcoin por unanimidade.

Com isso, o país regulamentou o uso do BTC como meio de pagamento. Ademais, a lei definiu regras específicas para o uso de criptomoedas, bem como as penas para crimes neste mercado.

Segundo os termos da lei, comerciantes e empresas poderão fazer pagamentos em criptomoedas no dia-a-dia. Além disso, o uso do BTC e seus pares no pagamento de impostos também será possível, desde que feito por meio de entidades autorizadas pelo governo.

Assim como fez com El Salvador, o Fundo Monetário Internacional (FMI) criticou a adoção do BTC por parte do CAR, aconselhando o país a considerar outras opções.

De acordo com o fundo, a adoção da criptomoeda pelo país localizado no centro da África está repleta de problemas tanto para o país quanto para a região de maneira geral. Para o FMI, a iniciativa adiciona problemas “no campo do direito, política econômica e transparência”.

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