Regulador dos EUA age para impedir que Facebook ‘monopolize’ o metaverso

A empresa Meta – antes Facebook – causou uma verdadeira corrida pelo metaverso quando trocou seu nome no ano passado. Mas agora, as autoridades dos Estados Unidos estão preocupadas que a empresa “monopolize” o mundo virtual.

O regulador antitruste dos EUA, ou seja, o órgão que preza pela ampla concorrência, está processando a Meta para impedi-la de dominar o metaverso.

Na última quarta-feira (27), a Comissão Federal de Comércio (FTC, na sigla em inglês) entrou com uma ação para impedir a Meta de comprar a Within Unlimited e o seu aplicativo de realidade virtual (VR) com foco em fitness, o Supernatural.

A Within é uma empresa de tecnologia com sede em Los Angeles, nos EUA. A empresa cria, adquire e distribui vídeos de 360 ​​graus, experiências de RA e VR, dispositivos móveis, consoles e headsets.

Enquanto isso, o Supernatural é um app que oferece uma variedade de treinos de alta qualidade. A ferramenta inclui, por exemplo, músicas de artistas de primeira linha como Katy Perry, Imagine Dragons e Lady Gaga. Além disso, o aplicativo oferece ambientes virtuais fotorrealistas, como as Ilhas Galápagos.

Domínio do metaverso pela Meta

Em um comunicado, a FTC destacou que a Meta e Mark Zuckerberg estão planejando “expandir o império de realidade virtual”. Para isso, tentam adquirir de forma ilegal um aplicativo de fitness que prova o valor da VR para os usuários.

“A Meta já é um ator importante em todos os níveis do setor de VR. O império de realidade virtual da empresa inclui o dispositivo mais vendido, uma loja de aplicativos líder, sete dos desenvolvedores mais bem-sucedidos e um dos aplicativos mais vendidos de todos os tempos”, disse a FTC.

Com base nisso, o vice-diretor da FTC, John Newman, ressaltou que em vez de competir pelos méritos, a Meta está tentando “comprar seu caminho para o topo”.

Segundo ele, a empresa já possui o aplicativo de fitness de VR mais vendido do mercado. Nesse sentido, tinha plena capacidade de competir ainda mais de perto com o app Supernatural da Within. Mas, em vez disso, a Meta optou por “comprar posição de mercado em vez de ganhá-la pelos méritos”.

“Esta é uma aquisição ilegal. Assim, vamos buscar todas as medidas cabíveis”, disse ele.

Meta ‘onipresente’ no setor de metaverso

Ainda segundo a nota, Zuckerberg teria enviado um e-mail aos executivos destacando ser crucial que a empresa fosse “completamente onipresente em aplicativos matadores”.

Como parte disso, a Meta comprou sete dos estúdios de desenvolvimento de VR e agora possui um dos maiores catálogos de conteúdo do tipo do mundo, disse a FTC.

Dessa forma, a denúncia alega que a Meta pode participar do mercado de apps de fitness com foco em VR  construindo o seu próprio aplicativo. No entanto, a ideia de comprar algo que já está consolidado não favorece a competição e a inovação no setor:

“A entrada independente da Meta aumentaria a escolha do consumidor, aumentaria a inovação, estimularia a concorrência adicional para atrair os melhores funcionários e geraria outros benefícios competitivos. A aquisição da Within pela Meta, por outro lado, eliminaria a perspectiva de tal entrada, amortecendo inovações futuras e rivalidade competitiva”, disse a FTC.

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