Protocolo DeFi da Solana é atacado e hackers roubam R$ 48 milhões

O Crema, protocolo de liquidez baseado em Solana (SOL) perdeu US$ 9 milhões em um ataque hacker, como resultado da exploração de uma falha no protocolo.

A equipe por trás do protocolo confirmou o ataque no dia 3 de julho e informou aos usuários no Twitter. De acordo com a explicação, o hacker explorou uma vulnerabilidade e realizou uma série de empréstimos que possibilitaram o roubo.

Logo que o ataque ocorreu, a equipe do Crema interrompeu temporariamente suas operações  e abriu uma investigação completa. O contrato inteligente foi suspenso e a equipe se disponibilizou a oferecer uma recompensa se o hacker devolver os fundos.

hacker explora falha e rouba fundos

De acordo com a atualização fornecida pelo Crema, tudo começou com uma vulnerabilidade nos dados de preços. Em seguida, o hacker criou uma conta anônima e conseguiu ter acesso aos dados de preços do protocolo.

Depois, o hacker utilizou o acesso falso para desenvolver um novo contrato e utilizá-lo para fazer um empréstimo relâmpago no pool Solend. Em pouco tempo, o hacker já tinha ativado seis empréstimos instantâneos do Solend.

Por fim, o hacker usou a Wormhole para acumular os fundos roubados. Mas ele não conseguiu roubar os fundos da Solend, que permanecem seguros até o momento da escrita deste texto.

Após a descoberta do ataque, a equipe fechou imediatamente o programa e suspendeu o contrato inteligente após a exploração. 

No total, o invasor roubou cerca de R$ 48 milhões em valores atuais. Depois que obteve os fundos, ele converteu o valor em 69.423 tokens SOL e 6.497.738 em USDCet, um token embrulhado de USDC na Wormhole. Em seguida, o hacker trocou as USDCet por 6.064 Ether (ETH) via Uniswap.

Endereços na lista negra

A equipe do Crema identificou os endereços ligados ao hacker tanto no Ethereum quanto na Solana, e realizou o bloqueio de ambos. Depois, mandaram uma mensagem on-chain, por meio de uma transação no Ethereum, oferecendo uma proposta ao hacker.

“Para o hacker da Crema: seus endereços estão numa lista negra tanto na Solana quanto no Ethereum. Todos os olhos estão em você agora. Você tem 72 horas a partir de agora, pode usá-las para se tornar um white hacker, transferir os fundos para o nosso endereço e receber US$ 800 mil como recompensa”, dizia a mensagem.

Se o prazo acabar e o hacker recusar a oferta, o Crema revelou que tomará medidas legais para recuperar os fundos. Agora que as carteiras estão marcadas, a equipe pretende monitorar de perto das ações do invasor.

Ataques persistentes em DeFi

Os ataques a protocolos DeFi aumentaram conforme o mercado cresceu exponencialmente a partir de 2020. A Coreia do Norte, sobretudo por causa das atividades do grupo Lazarus, lidera o mundo em crimes desse tipo. 

Acredita-se que milhões de dólares tenham sido roubados pelo grupo de hackers financiado pelo estado norte-coreano, que usa os fundos para financiar seu orçamento nacional de defesa, incluindo a realização de testes nucleares. 

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