Preço do Bitcoin pode derreter em 17 de junho; entenda o motivo

Nas últimas semanas, um fenômeno de análise gráfica virou motivo de alerta para quem investe em Bitcoin (BTC): a Cruz da Morte. Esse evento pode causar uma dura queda nos preços, caso concretizado, e é caracterizado pelo encontro de duas médias móveis de preço do BTC.

O cruzamento entre médias não é um fenômeno inédito e, de fato, poderá ocorrer novamente em meados de junho.

Tendo em vista a importância desta métrica, é igualmente importante entender mais sobre como identificá-la.

Cruzamentos entre médias e seus significados

A ocorrência dos cruzamentos envolvem duas médias móveis importantes: a de 50 dias e a de 200 dias. Existem dois padrões importantes de cruzamento, cada um com seu significado.

No primeiro caso, a média de 50 dias pode cruzar com a média de 200 dias em tendência de alta, formando a chamada Cruz Dourada. Este padrão é indicativo de forte tendência de alta no preço do Bitcoin.

A Cruz Dourada precedeu todos os fortes movimentos de alta do BTC desde 2013, todos terminados em máximas históricas.

Por outro lado, a Cruz da Morte traça o caminho oposto. O evento ocorre quando a média de 50 dias cruza com a de 200 dias em tendência de baixa. A Cruz da Morte acontece após uma forte valorização do BTC, marcando o fim do movimento.

Indicador possui histórico

Embora alguns investidores façam pouco caso das análises gráficas, a Cruz da Morte tem um histórico preciso. Nos anos de 2014, 2018 e 2020, o indicador previu duras quedas do Bitcoin.

Os dados levam em conta o período entre a máxima histórica e a ocorrência da Cruz da Morte:

  • 2013: BTC caiu 73% antes da Cruz da Morte e 70% depois;
  • 2017: queda de 70% pré-Cruz da Morte e 65% pós;
  • 2019: queda de 53% pré-Cruz da Morte e 55% pós.

Portanto, esse indicador é considerado como tardio, pois ocorre após o fato (tendência de baixa). Todavia, ele também indica correções mais abruptas ainda podem ocorrer.

Tempo da Cruz da Morte

Não é apenas o impacto da queda que faz da Cruz da Morte um indicador assertivo. O timing no qual o padrão gráfico se manifesta também é importante.

Como exemplo, é possível observar a Cruz da Morte ocorrida em 2013. Foram necessários 135 dias, a partir da máxima histórica do Bitcoin naquele ano, para que a primeira correção acontecesse.

A ocorrência da Cruz da Morte confirmou a tendência de baixa do BTC, que se intensificou a partir dali. Em outras palavras, o fenômeno é tardio, mas também precede quedas ainda maiores.

O investidor que entender o padrão gráfico da Cruz da Morte não consegue evitar todas as perdas, mas pode utilizá-la como proteção ou até mesmo como forma de lucrar na baixa.

E a próxima Cruz da Morte?

Com três ocorrências recentes, a Cruz da Morte está longe de ser um acaso ou coincidência, e está mais próxima de um padrão consolidado. Em tendência de baixa, o Bitcoin está pronto para formar uma quarta cruz, na qual é possível estimar quando ocorrerá e mesmo qual será a intensidade da queda.

BTC/USD

De acordo com o gráfico, a menos que algum fator novo dê novo fôlego ao BTC, uma nova Cruz da Morte pode ocorrer nas próximas duas semanas. Para o analista Rekt Capital, a data mais provável é o dia 17 de junho.

O tamanho da queda também pode ser estimado com base nos dados. Desde o seu topo histórico nos US$ 65.000, o preço do BTC já sofreu uma correção de quase 45%.

Como as correções antes e após a Cruz da Morte são similares, é possível que a criptomoeda tenha pelo menos mais 45% de queda, o que levaria o seu preço para a região dos US$ 19.000.

Contudo, uma queda maior do que a estimativa atual não pode ser descartada. Considerando correções anteriores, os fundos no preço podem variar da seguinte forma:

BTC/USD

No pior dos cenários, o preço do BTC pode atingir os US$ 11.000. Caso o indicador se confirme, o investidor pode evitar um forte prejuízo e aproveitar a correção para acumular BTC mais barato.

Resumidamente, a Cruz da Morte é um indicador preocupante. Novas baixas podem afetar importantes suportes do BTC e lesar investidores desavisados.

De qualquer forma, é possível que os mais pacientes se preparem para operar na direção contrária com base nesse indicador.

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