Polícia fecha pool de mineração de criptomoedas clandestino e apreende R$ 1 milhão em equipamentos no Rio Grande do Sul

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul prendeu duas pessoas e apreendeu cerca de R$ 1 milhão em equipamentos de mineração de criptomoedas em uma ação policial deflagrada na terça-feira (1º).

De acordo com a polícia, a “Operação Krypto” tinha o objetivo de desmontar um pool de mineração clandestino localizado em Morro Reuter, no Vale do Sinos, no estado do Rio Grande do Sul.

Conforme informou a polícia, cerca de 106 máquinas de mineração funcionavam no local e foram apreendidas. Os equipamentos eram mantidos por energia roubada da empresa Rio Grande Energia (RGE) que atende a região;

No Twitter, a polícia informou que cada máquina custava cerca de R$ 9 mil. Portanto, o valor total em equipamentos confiscados é estimado em R$ 954 mil.

Usina de mineração de criptomoedas ilegal

Segundo o Jornal NH, a concessionária de energia elétrica confirmou que havia ligação clandestina no local. Além disso, estimou que o consumo mensal ultrapassava R$ 30 mil.

Técnicos da RGE, que participaram da ação, foram surpreendidos pela estrutura. Afinal, ela continha até mesmo uma subestação de energia, com transformador avaliado em cerca de R$ 100 mil. Ainda, contava com um complexo sistema de cabeamento.

Estima-se que a empresa tenha tido um prejuízo de mais de R$ 350 mil. Segundo a Polícia, é provável que a atividade de mineração tenha começado no local em março de 2021.

O delegado Felipe Borba, disse ao Jornal NH que o investimento em estrutura e equipamentos utilizados ultrapassou R$ 1 milhão.

“Além disso, já havíamos recebido denúncias de que a atividade desenvolvida naquele local estaria prejudicando o abastecimento de energia elétrica na região, provocando várias quedas de luz”, revelou o delegado.

Como mencionado, a polícia prendeu duas pessoas em flagrante no local. Uma delas foi o proprietário da chácara e a outra um chacreiro contratado para cuidar do local, que tinha em sua posse uma arma de fogo ilegalmente.

O chacreiro foi liberado após pagamento de fiança. Enquanto isso, o proprietário da usina foi autuado pelo crime de furto qualificado. Em seguida, foi encaminhado para a delegacia de Nova Hamburgo.

Segundo o delegado, o proprietário admitiu que a mineração lhe rendia cerca de R$ 12 mil por mês.

“Acreditamos que seja o primeiro trabalho policial sobre o assunto no estado, o que demandou pesquisas e estudos por parte dos policiais. Por meio dessas pesquisas é que esclarecemos que a atividade de mineração de criptomoedas, apesar de lícita, acaba associada à prática de furto de energia elétrico, vulgo ‘gato’, uma vez que o número de equipamentos necessários, com estrutura complexa de refrigeração e de isolamento térmico e acústico, conjugado com o valor da energia elétrica no país, dificulta a obtenção de lucro”, explica o delegado.

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