Minerador ganha R$ 2,5 milhões ao achar bloco do Ethereum sozinho
Um minerador solo de Ethereum (ETH) conseguiu minerar sozinho um dos blocos da rede e obteve uma recompensa milionária. Como resultado, ele ganhou 170 Ether (ETH), o que corresponde a cerca de R$ 2,6 milhões na cotação atual.
Contudo, o bloco foi minerado no dia 17 de janeiro, antes da forte correção que assolou o mercado nesta sexta-feira (21). Isso significa que o valor total obtido pelo minerador, com base na cotação do dia, foi de R$ 3 milhões.
Embora o Ethereum 2.0 tenha aberto as portas para a mudança do algoritmo de mineração, a rede ainda trabalha com o modo Prova de Trabalho (PoW). Ou seja, os mineradores precisam competir com força computacional para encontrar os blocos.
Vencendo as probabilidades
Apesar de algumas pessoas alegando que a mineração de Ethereum (ainda sendo comprovante de trabalho) é prejudicial ao meio ambiente, o processo ainda está prosperando, e até mesmo indivíduos solitários estão constantemente tentando sua sorte aos meus blocos por conta própria.
Nesse sentido, o minerador sortudo operou através do 2Miners, um pool focado em mineradores solo. De acordo com o site, o 2Miners possui cerca de 1.000 mineradores ativos e e 6,37 terahashes por segundo (TH/s). Isso que significa que o mineiro contribui com 1,85 gigahashes por segundo (GH/s).
O minerador de ETH foi atingido pela mesma sorte que dois mineradores de Bitcoin (BTC) tiveram início deste mês. Em datas diferentes, ambos mineraram um bloco sozinho e acumularam a recompensa de 6,25 BTC mais as taxas, algo como R4 1,3 milhão em valores atuais.
Curiosamente, as chances de esse acontecimento foram estimadas em meros 0,000073%, mais raro do que ganhar na loteria. O evento ocorreu no pool Solo CK, o equivalente ao 2Miners para o BTC.
Ambos os mineradores possuíam apenas 116 TH/s, o que torna o feito ainda mais impressionante. No caso do ETH, 1,85 GH/s equivale ao poder computacional de 20 placas gráficas (GPU) modernas. Ao contrário do BTC, a mineração de ETH não requer o uso de equipamentos específicos como os ASIC.
No entanto, a maior surpresa é o alto valor da recompensa. No ETH, os blocos minerados não possuem uma recompensa fixa, mas sim variável, cuja média é de 4 ETH por bloco. Isto é, o minerador sortudo faturou nada menos que 420% a mais do que a média comum.
Mineração com os dias contados
Tanto BTC quanto ETH dependem da mineração em PoW para manter suas redes. No entanto, o ETH está em vias de mudar esse processo e integrar a mineração por Prova de Participação (PoS). Dessa forma, ganhos como esses tenderão a ser cada vez mais raros e até inexistentes.
O modelo de PoW causou muita controvérsia ultimamente, sobretudo na parte ambienta. Muitos especialistas afirmam que seu alto consumo de energia representa grandes riscos para o meio ambiente.
De fato, vários países já reúnem esforços para banir esse tipo de mineração. Nesta semana, o CriptoFácil anunciou que reguladores da União Europeia pediram a proibição da PoW. Erik Thedéen, vice-presidente da Autoridade Europeia de Valores Mobiliários e Mercados (ESMA), pediu que o bloco incentivasse o uso de PoS, que traz menores impactos.
O Banco Central da Rússia seguiu na mesma linha e pediu a proibição tanto da mineração quanto das operações com criptomoedas no país.
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