Jack Dorsey quer desenvolver nova geração de mineradoras de Bitcoin
A Block (antiga Square), empresa do bilionário Jack Dorsey, divulgou uma nova vaga em seu perfil no LinkedIn. O cargo visa a produção de uma nova geração de mineradoras de Bitcoin (BTC), um dos novos focos da empresa.
O cargo em questão é de líder em design de produtos customizados, conforme apontou o anúncio. Ou seja, é provável que o profissional cuidará do design das novas máquinas.
“Você fará parte de uma equipe personalizada na Block que desenvolverá a mineração de Bitcoin via ASIC. Nesse papel, você trabalhará de perto com outros designers digitais e designers de sinal misto para desenvolver a próxima geração de ASIC”, disse o anúncio.
Um ASIC (sigla em inglês para Circuito Integrado de Aplicação Específica) é um microchip personalizado para um uso específico. No mercado de criptomoedas, os ASIC são utilizados para resolver os códigos necessários para a mineração.
O principal uso desses chips são nas máquinas de mineração de Bitcoin (BTC). A rede detém o maior poder computacional do mercado de criptomoedas e, consequentemente, o maior uso de ASIC.
Foco na mineração limpa
Atualmente, a Bitmain é a maior fabricante global destes chips, mas a Block deseja obter uma fatia deste mercado. Em 2020, a empresa já havia dado os primeiros passos para investir em mineração limpa de BTC, aplicando R$ 50 milhões neste mercado.
Com a medida, a Block planeja ampliar seus investimentos na mineração limpa e também no desenvolvimento de novos equipamentos.
“Migrar em direção ao uso de energia limpa e eficiente é ótimo para a economia, impacto e escalabilidade de Bitcoin”, disse Dorsey em 2021.
Em abril, a empresa publicou um documento sobre o tema em parceria com a Ark Invest, intitulado “Bitcoin is Key to an Abundant, Clean Energy Future”. No documento, o BTC é descrito como uma oportunidade única para a indústria de energia, atuando como comprador de energia de última instância.
Nesse sentido, a mineração de BTC aproveita energia que seria desperdiçada do sistema, dando-lhe um uso sustentável. Logo, o reaproveitamento faz com que fontes renováveis que são mais caras, como energia solar ou eólica, tornem-se mais viáveis. Portanto, acabam sendo mais utilizadas.
“Definir um piso de preço global para a energia nos permite construir uma infraestrutura de energia limpa mais robusta. Além disso, há a garantia de que qualquer excesso de energia aproveitada em horários fora de pico ainda terá um comprador”, explicou Dorsey.
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