Especialista brasileiro comenta lançamento da moeda digital da China nas Olimpíadas de Inverno

Yuan Digital: duas palavras que vêm causando muitos debates quando o assunto são as Olimpíadas de Inverno de Pequim, que começaram nesta sexta-feira (4).

Após vários testes no país, a China decidiu lançar sua moeda digital como meio de pagamento oficial dos jogos. Isso despertou discussões em diversos países sobre a segurança de dados.

Durante o evento, só serão aceitos como pagamento o Yuan Digital, dinheiro e cartões Visa, um dos patrocinadores dos jogos.

De acordo com a diretora de Tecnologia e Operações da Tecnobank, Adriana Salucestea novidade pode, na verdade, ser uma boa notícia para o futuro das transações financeiras.

“O Yuan Digital vem se popularizando na China como um meio alternativo de pagamento às carteiras digitais já existentes. Nos últimos dois anos, a China colocou a moeda em fase de testes e viu nas Olimpíadas de Inverno um apelo para uma prova-real da moeda digital também entre os estrangeiros”, explica.

Conforme explicou Adriana, a moeda digital é uma extensão da moeda física. Mas é para uso em ambiente virtual, emitida e garantida por autoridade monetária federal.

“Com ela, é possível movimentar dinheiro que não existe fisicamente”, detalha Adriana.

Ainda segundo ela, não é de hoje que o uso de moedas digitais vem se popularizando em todo o mundo. Mas a experiência chinesa ao longo dos jogos de inverno pode ser determinante para que essa se torne uma tendência definitiva.

Adriana acredita que, em um futuro próximo, esse tipo de meio de pagamento pode, por exemplo, facilitar o cotidiano de quem deseja trocar de carro ou de casa.

Futuro

A iniciativa amplia o acesso a transações financeiras mais ágeis e de menor custo. As pessoas poderão escolher lidar com seu dinheiro de forma convencional ou digital.

“Na compra de um imóvel ou automóvel, a transferência do dinheiro seria feita simultaneamente ao registro da transferência da propriedade, o que eliminaria as burocracias e riscos”, pontua Adriana.

De acordo com a especialista, atualmente, a segurança da moeda digital é a mesma do dinheiro em papel. No entanto, o governo pode acompanhar de forma mais fácil a oferta de dinheiro no meio digital.

Essa segurança estará muito atrelada à segurança das operadoras, segundo Adriana.

“O que pode ser feito é um uso da mesma tecnologia das criptomoedas, a blockchain, sistema que permite rastrear o envio e recebimento de informação pela internet, além de ter um protocolo que dita a produção de novos ativos”, finalizou.

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