Dono da Itapemirim é acusado de golpe com criptomoedas
Na última semana, a empresa aérea Itapemirim esteve envolvida em uma série de polêmicas depois que anunciou a “suspensão temporária” de todas as operações.
Entre outras coisas, há atrasos de salários a funcionários, dívidas com fornecedores, e cancelamentos de voos. Mas ainda há uma nova acusação contra o dono da empresa, Sidnei Piva de Jesus.
De acordo com segundo o portal Congresso em Foco, denúncias feitas por investidores ao Ministério Público Federal (MPF), afirmam que Piva está envolvido em transações suspeitas envolvendo criptomoedas.
Segundo os denunciantes, o suposto calote dado pelo executivo em um golpe com criptoativos chega a R$ 400 mil. Esse dinheiro teria sido investido na agência de turismo CrypTour, que seria de propriedade do grupo Itapemirim.
Conforme informou a reportagem do Congresso em Foco, o negócio colocou à venda 30 milhões de tokens custando US$ 1 cada, prospectando, assim, 30 milhões de dólares. A promessa era de uma valorização de 600% ao fim de seis meses e 3.600% ao fim de um ano.
Além disso, o negócio previa um programa de afiliados. No caso, as pessoas deveriam indicar novos investidores podendo ganhar até 21% sobre as operações dos indicados. O esquema se assemelha ao de pirâmides financeiras.
Procurado, Piva negou que a CrypTour era de propriedade da Itapemirim. Contudo, documentos obtidos pela reportagem mostram que “o projeto CrypTour nasceu como iniciativa interna de inovação em tecnologia na Itapemirim Airlines”.
Em setembro deste ano, os investidores do negócio começaram a denunciar dificuldades para consultar saldos e para resgatar seus investimentos na plataforma Extrading, retirada do ar.
Golpe com criptomoedas
Investidores alegaram que foram atraídos a fazer aplicações na suposta criptomoeda por confiarem na empresa aérea.
Os lesados pela agência criaram um grupo nas redes sociais para facilitar a comunicação e reivindicar os valores aportados.
Embora Piva tenha afirmado que é uma vítima do golpe e não o autor, vídeos no canal da criptomoeda no Youtube afirmam que “85%” do empreendimento pertence a ele.
“Entrei em um golpe como vários”, disse Piva, em conversa com a reportagem do Congresso em Foco pelo WhatsApp. “Temos um boletim de ocorrência na delegacia especializada.
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