Dificuldade de mineração do Bitcoin cai e quebra maior sequência de alta desde 2018

A dificuldade de mineração do Bitcoin (BTC) sofreu um novo ajuste neste final de semana. Desta vez houve uma queda de 1,49%, levando o poder de processamento total (hash rate) para 159,8 exahashes por segundo (EH/s).

Embora seja uma queda pequena em termos percentuais, o reajuste tem um valor simbólico. Ele interrompe uma sequência de nove altas consecutivas desde julho.

De fato, esta foi a maior sequência de aumentos de dificuldade desde janeiro de 2018. Naquela ocasião, a dificuldade de mineração sofreu 15 aumentos entre janeiro e julho, sequência que só foi interrompida com a queda de 3,45% registrada em 17 de julho.

Contudo, a hash rate total cresceu 514% entre 2018 e 2021. No final da última sequência, a rede possuía apenas 38 EH/s. Além disso, os atuais 159,8 EH/s representam o maior hash rate desde 13 de maio, um mês antes da China proibir a mineração de BTC.

A dificuldade de mineração do Bitcoin é ajustada a cada duas semanas (ou mais precisamente, a cada 2016 blocos) para manter o tempo de bloco normal de um bloco descoberto a cada 10 minutos. O tempo médio para o minerador encontrar um bloco nos últimos 7 dias foi de 10,39 minutos.

Hash rate e lucratividade caem

Atualmente, a dificuldade do BTC está em 22,34 trilhões (T) de hashes, contra 22,34 registrados antes du ajuste. Dessa forma, a rede ainda está 10% abaixo do recorde de 25,05 T registrado em meados de maio.

A média móvel de 7 dias caiu de 167,9 exahashes (E) em 20 de novembro para 156 E em 28 de novembro. Consequentemente, a lucratividade da mineração de bitcoin caiu 17,36% nas duas semanas desde o ajuste de dificuldade anterior, caindo 17,36%. Os dados do portal BitInfoCharts.

No entanto, os mineradores continuam acumulando os BTC recém-minerados, conforme dados da plataforma ByteTree. Dos 6.019 BTC gerados nos últimos sete dias, apenas 5.236 foram gastos, resultando numa poupança de 783 BTC.

Mineração se recupera após queda na China

Esta última sequência de altas na dificuldade foi marcada por extremos. Por exemplo, o maior ajuste individual foi de 13,24% em 28 de agosto, enquanto o menor foi de 0,95% em 18 de outubro. Durante esta sequência, o hash rate cresceu 61,2% em relação aos 97 EH/s atingidos após a queda dos mineradores na China.

Quando o governo chinês proibiu a mineração de BTC, os mineradores foram obrigados a realocar suas máquinas precipitadamente. Como resultado, muitas delas foram desligadas de súbito, o que levou o hash rate a cair vertiginosamente.

A taxa chegou a cair 27% em 7 de julho, um dos maiores reajustes negativos da história do BTC. Mas aos poucos, os mineradores se realocaram em países como Rússia, Cazaquistão e, sobretudo, nos Estados Unidos. Ao religarem suas máquinas, a mineração aos poucos voltou ao normal.

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