CEO da Coinbase diz que pode encerrar staking de ETH em caso de ameaça regulatória

O CEO da Coinbase, Brian Armstrong, disse que preferiria encerrar o serviço de staking de Ether (ETH) em sua plataforma do que ceder à censura de eventuais pressões regulatórias.

A afirmação foi feita em resposta a Lefteris Karapetsas, fundador do app de código aberto com foco em análise de criptomoedas Rotki.

Em tuitou propondo um cenário hipotético de pressão regulatória em torno do ETH para grandes empresas como, por exemplo, a Coinbase, a Kraken e a Lido Finance.

Karapetsas perguntou às empresas como elas responderiam se os reguladores lhes pedissem para censurar transações no nível do protocolo Ethereum. Em seguida, ele ofereceu duas possibilidades como resposta.

A primeira opção seria cumprir o pedido e censurar no nível do protocolo. E a segunda opção seria desativar o serviço de staking e preservar a integridade da rede.

Em resposta a isso, Armstrong disse que encerraria os seus serviços de staking de ETH para preservar a rede.

“É um cenário hipotético que esperamos não enfrentar. Mas se tivéssemos, escolheríamos a opção B, eu acho. Tem que focar no quadro maior. Pode haver alguma opção melhor (C) ou um desafio legal também que possa ajudar a alcançar um resultado melhor”, disse ele.

A Coinbase Prime começou a oferecer staking de ETH para clientes institucionais baseados nos EUA no início de agosto. Em uma carta aos acionistas, a Coinbase disse que continuaria adicionando mais ativos para staking para clientes de varejo e institucionais.

Sanções e censura no setor cripto

A posição de Armstrong sobre o assunto ocorre em meio a um debate na comunidade cripto sobre censura. O debate envolve também a rede Ethereum e sua atualização The Merge, prevista para ocorrer em setembro.

O debate em questão teve início na última semana, após o Departamento do Tesouro dos EUA sancionar o protocolo de privacidade baseado em Ethereum Tornado Cash.

Conforme noticiou o CriptoFácil, após a sanção, as autoridades holandesas prenderam o desenvolvedor do Tornado Cash, Alexey Pertsev, sob a acusação de “ocultar fluxos financeiros criminosos e facilitar a lavagem de dinheiro”.

Em seguida, várias entidades cripto de destaque no mercado com sede nos EUA cumpriram a sanção. Isso inclui, por exemplo, a Circle, emissora da stablecoin USDC, e os provedores de infraestrutura de blockchain Infura e Alchemy. Além disso, os protocolos DeFi dYdX e Aave também bloquearam certos usuários após a sanção.

A sanção e a adesão a ela por partes de entidades centralizadas do setor geraram preocupações de que elas possam, eventualmente, ser forçadas a censurar transações no nível de protocolo da rede ETH no futuro.

A Coinbase esteve no centro das discussões. Alguns acreditam que a exchange com sede nos EUA poderia ceder às pressões das autoridades. Vale destacar que a Coinbase deve se tornar o terceiro maior validador de Ethereum, com mais de 14,7% de participação de mercado de todo o ETH em staking.

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