Blockchain pode ajudar a preencher lacunas do sistema financeiro, diz BC
O Banco Central do Brasil voltou a elogiar a tecnologia blockchain destacando que ela pode ajudar a melhorar e aperfeiçoar o sistema financeiro atual.
Conforme apontou Fabio Araujo, coordenador dos trabalhos sobre o Real Digital do BC, os reguladores brasileiros estão atentos às transformações tecnológicas e reconhecem o grande potencial da blockchain.
“Estamos vivendo um momento de experimentação muito grande. Mas o potencial [de transformação] é fantástico”, disse.
Ainda segundo o coordenador, não há como o BC fugir das inovações, pois elas são invitáveis e vão ajudar a transformar o sistema financeiro atual, gerando ganhos de eficiência nas transações.
“As novidades oferecem possibilidade de se criar produtos personalizados, fugindo da ideia de que são os consumidores que têm de se encaixar no produto de prateleira”, apontou.
Além disso, Araujo ressaltou que a blockchain e outras tecnologias podem alcançar número grande de pessoas e preencher lacunas que o sistema tem hoje.
Real Digital
Enquanto isso, quanto ao Real Digital, Araujo ressaltou que será uma ferramenta para construir uma ponte entre “o que a gente tem hoje e o que achamos que vai ter em breve com as novas tecnologias”.
“Temos de traçar um caminho para que não tenha um momento de ruptura. Ou seja, desenhar ferramentas e regulação para que a transição a esse novo modelo de economia seja o mais suave possível”, afirmou.
Recentemente, conforme noticiado pelo CriptoFácil, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, anunciou que a CBDC brasileiro será lançada, ainda em versão de testes, esse ano.
Segundo Campos Neto, o Real Digital funcionará, na prática, como uma stablecoin. Ou seja, como uma moeda digital estável pareada com algum outro ativo, no caso, o real físico.
Além disso, a CBDC terá como base o Sistema de Transferência de Reservas (STR), “coração” do Sistema de Pagamentos Brasileiro. É no STR onde ocorre a liquidação final de todas as obrigações financeiras no Brasil.
Para Campos Neto, esta é uma forma de digitalizar a moeda, mas sem provocar uma ruptura no balanço dos bancos.
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