Bitcoin registra 7 semanas seguidas de perdas pela primeira vez na história

O Bitcoin (BTC), maior criptomoeda do mercado, registrou sua sétima semana consecutiva de perdas pela primeira vez em sua história.

A sequência de baixas ocorre em meio a uma desaceleração em mercados mais amplos; uma diminuição do interesse em ativos de risco; e a um colapso no ecossistema Terra (LUNA), que impactou todo o mercado cripto.

Trajetória recente do Bitcoin

Em março de 2021, o preço do BTC voltou a superar a marca de US$ 50.000 alcançada pela primeira vez em fevereiro daquele ano.

Depois disso, a maior criptomoeda do mercado iniciou um rali de alta que elevou seu preço a alta histórica de cerca de US$ 69.000, alcançada em novembro de 2021. Desde então, o BTC vem sofrendo sucessivas quedas. Mas nada comparado às últimas sete semanas.

Do final de março até a primeira semana de abril deste ano, a moeda digital era negociada em torno de US$ 47.000.

Mas no dia 6 de abril, tudo mudou e o preço do BTC foi só ladeira abaixo. Um mês depois disso, em 6 de maio, o preço do criptoativo já estava em torno de US$ 35.000. Portanto, um preço praticamente 50% abaixo do topo histórico alcançado cerca de seis meses antes.

Hoje, o BTC está sendo negociado abaixo de US$ 30.000, preço considerado um importante suporte pelos especialistas. Em relação à ATH (all time high), o preço da criptomoeda já retrocedeu cerca de 57%

Gráfico de preço das últimas semanas do Bitcoin. Fonte: CoinMarketCap
Gráfico de preço das últimas semanas do Bitcoin. Fonte: CoinMarketCap

Analistas acreditam que se as condições atuais do mercado continuarem, o BTC pode cair para menos de US$ 20.000, preço registrado pela última vez em dezembro de 2020. Ou seja, há cerca de um ano e meio.

Bitcoin pode recuar para menos de US$ 20.000

O movimento de queda da criptomoeda não é algo isolado no mercado mais amplo. Afinal, as ações de tecnologia também estão em baixa.

Para analistas, os investidores estão vendendo Bitcoin à medida que o mercado não melhora:

“Em nossa opinião, a tendência de venda de criptomoedas permanece. Adicionando ao lado negativo está a perspectiva sombria para a política monetária dos EUA, onde ainda não há luz no fim do túnel com aumentos de taxas”, compartilhou com o CoinDesk o analista de mercado da FxPro Alex Kuptsikevich.

Segundo Kuptsikevich, uma reviravolta no sentimento pode não ocorrer até a aproximação da área de máximas de 2018 perto de US$ 19.600.

Além do colapso do ecossistema Terra, que viu LUNA ir à zero e a stablecoin UST perder a paridade com o dólar americano, o mercado cripto também foi impactado pela elevação das taxas de juros pelo Federal Reserve dos EUA.

As taxas foram elevadas pela maior quantia desde 2000 este ano. Ao mesmo tempo, o Fed busca apertar a política monetária após os estímulos de US$ 2 trilhões nos últimos anos.

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