Bitcoin exibe maior valorização entre todos os investimentos no Brasil em julho

O Bitcoin (BTC) foi o melhor investimento do Brasil em julho, de acordo com dados do BTG Pactual Digital. Até o último dia útil do mês (30), a criptomoeda teve uma forte valorização de 18,18%, segundo dados do BTG Pactual Digital. No total, os principais investimentos tiveram as seguintes rentabilidades:

  • Bitcoin (BRL): +18,16%;
  • Ouro (BM&F): +8,18%;
  • Dólar Comercial: +4,74%;
  • Fundos imobiliários (IFIX): +2,51%;
  • CDI: +0,29%;
  • Poupança: +0,24%;
  • Ações (Ibovespa): -3,94%

De fato, o BTC foi superior não apenas individualmente, quanto também no coletivo. Os demais investimentos tiveram, somados, uma rentabilidade de 12,02%. Por sua vez, o BTC, com seus 18,18%, teve um resultado 50% superior.

Por fim, o destaque negativo vai para o Ibovespa, que reverteu a alta de junho. Apesar da grande quantidade de IPOs na bolsa, o índice teve uma forte queda na sexta-feira (30) e fechou o mês no negativo.

Ibovespa perde até para poupança

Inicialmente, o Ibovespa caminhava para fechar julho com leve desvalorização. O mercado, porém, chegou na sexta-feira apreensivo em relação às contas públicas do país, o que fez o índice desabar 3,08% no último pregão do mês.

Conforme relatou o portal Poder 360, o governo terá que pagar R$ 89 bilhões em precatórios no ano que vem. Ou seja, dívidas que já foram judicializadas e, portanto, não cabem mais recurso. A medida pressiona os gastos do governo federal, lançando dúvidas sobre a capacidade de pagamento do país.

Já o dólar comercial fechou a sexta-feira com 2,57% de alta e reforçou a sua valorização dentro do mês. Com o dólar em alta, o preço do BTC em reais também subiu, juntamente com seu preço em dólar. No mesmo dia, o preço da criptomoeda subiu 6,99%, chegando a encostar nos R$ 220 mil.

Mineradores começam a acumular BTC

Para a analista Fernada Guardian, da Levante Investimentos, duas características são marcantes neste pequeno ciclo de alta no final de julho. Em primeiro lugar, o comportamento de acumulação exibido pelos mineradores, que seguem acumulando BTC mesmo com o mercado em baixa.

A acumulação pelos mineradores importa porque os BTC vendidos por eles são moedas novas. Ou seja, BTC recém-minerados que estão entrando no mercado. Se essa nova oferta não é vendida, significa que novos BTC não estão disponíveis para negociação.

“Os mineradores têm acumulado de forma consistente desde maio, apesar do sentimento negativo no mercado. Isso mostra que a convicção dos detentores de longo prazo pelo mercado ainda é forte”, explicou Guardian.

Bitcoin (BTC)

De certa forma, esse processo é o oposto do que ocorre com a impressão de dinheiro pelos bancos centrais. Enquanto as moedas fiduciárias perdem mais valor a cada nova emissão, o BTC ganha valor sempre que os mineradores decidem acumular ao invés de vender.

Por último, além de novos BTC não entrarem no mercado, os “antigos” estão saindo. Isto é, grandes investidores começam a retirar suas criptomoedas das exchanges e enviá-las para suas carteiras pessoais. Em julho, os investidores começaram a retirar BTC após quase três meses de entradas positivas.

“Quando esse indicador sobe, significa que mais investidores estão enviando BTC para as exchanges, o que pode significar uma intenção de venda. Em julho houve uma queda no indicador, o que significa que os investidores estão transferindo seus BTC das exchanges para armazenamento frio, em carteiras off-line, por exemplo”, completou Guardian.

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