Bitcoin completa 13 anos mais necessário do que nunca

Mais um dia 3 de janeiro chegou, o que significa um novo aniversário para o Bitcoin (BTC). Nesta mesma data, há 13 anos, Satoshi Nakamoto revelava pela primeira vez a sua criação. Era lançado o bloco 0, também conhecido como bloco-gênese.

Naquele momento, Satoshi era a única pessoa na rede a de fato movimentar o BTC. Por isso que o bloco 1 – o segundo bloco – só foi minerado oito dias depois. Foi em 11 de janeiro que Hal Finney recebeu a primeira transação de BTC em toda a história.

A história

Em 3 de janeiro de 2009, Satoshi Nakamoto lançou o já citado bloco-gênese, na época com os primeiros 50 BTC emitidos. Naquele dia, esta quantia não possuía nenhum valor, mas hoje corresponde a fortuna de R$ 13,1 milhões.

No mesmo bloco, Satoshi também deixou uma mensagem na blockchain. A mensagem gravada no bloco cita a hoje famosa manchete do jornal britânico The Times:

“The Times 03 / Jan / 2009: chanceler à beira do segundo resgate para os bancos.”

A mensagem traz uma crítica velada e clara. Embora pouco se saiba a respeito de Satoshi, o criador do BTC não era fã do moderno sistema bancário. Nakamoto criticava sobretudo a centralização e a prática de reservas fracionadas, que causavam instabilidades no sistema financeiro.

Reservas fracionadas ocorrem quando um banco aceita depósitos e faz empréstimos ou investimentos, mas é obrigado a ter reservas iguais a apenas uma fração de seus passivos de depósitos. Ou seja, o banco não possui capital suficiente para honrar com todos os seus depósitos. Caso os clientes desejem sacar seu dinheiro simultaneamente, os bancos não terão como honrar esse compromisso.

Em suma, o sistema está essencialmente usando dinheiro que não se sustenta. Com isso, os clientes não são de fato donos de seu próprio dinheiro. Consequentemente, o capital guardado fica à mercê da confiança nessas instituições.

Confiança nos números

O conceito por trás da moeda anônima, sem confiança e descentralizada surgiu no rescaldo da crise financeira de 2008. No entanto, Satoshi se inspirou nos Cypherpunks, grupo que já alertava para os riscos de uma moeda controlada 100% pelo estado.

Satoshi queria cortar os bancos e intermediários obscuros, os quais, segundo ele corruptos e não confiáveis. Em seu lugar, escolheu a matemática como fiel da balança: o código do BTC possui leis imutáveis. Nenhum homem ou grupo pode modificá-lo conforme sua “vontade política”.

Ao invés disso, o BTC é orientado pela comunidade e seu poder emana de seus membros. O que torna a criptomoeda valiosa é a sua segurança. São quase 3.500 dias de funcionamento ininterrupto. Ao contrário de outras blockchains, o BTC não cai por causa de sobrecarga nas suas transações.

Diferentemente das moedas fiduciárias, ninguém pode emitir mais do que os 21 milhões de BTC, ou 21 quatrilhões de satoshis, definidos pelo código. Um BTC não pode ser fraudado, confiscado, inflacionado nem tampouco restrito pelos governos.

Treze anos depois, Bitcoin ainda está forte com uma capitalização de mercado de quase US$ 900 bilhões. E se a criptomoeda ainda é jovem, já começa a se misturar com os grandes. Bilionários, bancos, celebridades, governos e corporações, todos querem uma fatia deste mercado. Enquanto o dólar perde cada vez mais valor para a inflação, seguindo o caminho oposto da fraqueza.

A quebra de um sistema financeiro deu à luz ao BTC. Hoje, este mesmo sistema busca se apoderar de seu grande poder. Mas com grandes poderes vem grandes responsabilidades, algo que o BTC ensina com valor a um sistema cada vez mais propenso à irresponsabilidade.

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