BIS anuncia plataforma de inteligência de mercado cripto diante do colapso de DeFi e stablecoins
O Hub de Inovação do Bank for International Settlements (BIS) anunciou a criação de um novo conjunto de projetos, atualizando o seu programa de trabalho para o ano de 2022.
De acordo com o BIS, isso ocorre diante do recente colapso de stablecoins e tokens de finanças descentralizadas (DeFi).
As ações incluem, por exemplo, uma plataforma de inteligência de mercado de ativos digitais; uma criptografia pós quântica; e ações para dar mais segurança para uma CBDC (moeda digital de banco central) de varejo.
Conforme informou o BIS, as ações vão incluir os três primeiros projetos do próximo Centro do Eurosistema e as explorações em segurança cibernética.
Além disso, o BIS disse que a ação vai ser em conjunto com todos os 19 bancos centrais da zona do euro e o Banco Central da Europa.
O hub também vai expandir o seu portfólio nas áreas de finanças verdes e tecnologia de supervisão e regulação.
Plataforma de inteligência cripto
Com relação à plataforma de inteligência de cripto, o BIS disse que o colapso de DeFi e das stablecoins destacou a dificuldade em avaliar os riscos e o potencial econômico desses ativos.
Isso porque são as próprias empresas, em geral, não reguladas que relatam a maioria dos dados sobre o lastro de ativos, os volumes de negociação deles e o seu valor de mercado.
“Os conjuntos de dados individuais e as soluções disponíveis não fornecem informações abrangentes. Além disso, carecem de transparência”, disse o BIS.
Com base nisso, a ideia é criar uma plataforma de inteligência de mercado de código aberto. Ela vai esclarecer o valor de mercado dos ativos, a atividade econômica e os riscos para a estabilidade financeira.
Criptografia pós quântica
A segunda iniciativa do BIS tem relação com uma criptografia pós-quântica. Afinal, acredita-se que os computadores quânticos vão quebrar a criptografia usada tanto por bancos centrais quanto pelo setor privado.
Dessa forma, isso poderia colocar em risco os sistemas de pagamento e os de liquidação.
“Isso ameaça a confidencialidade e pode prejudicar a integridade dos sistemas de pagamentos. Dada a sensibilidade de longo prazo dos dados financeiros, essa vulnerabilidade deve ser tratada bem antes do advento da computação quântica”, disse o BIS.
Nesse sentido, a ideia é testar soluções cripto que possam suportar o poder de processamento dos computadores quânticos.
Além disso, o BIS vai testar os casos de uso em vários sistemas de pagamento e ver como a introdução de uma criptografia resistente a quantum afetará o seu desempenho.
Transparência das divulgações relacionadas ao clima
Outra ação do BIS tem a ver com o impacto das mudanças climáticas na estabilidade financeira.
Para isso, o BIS vai firmar uma parceria com o Banco de Israel e com a Autoridade Monetária de Hong Kong em um novo estudo sobre CBDCs e segurança cibernética.
O BIS também vai iniciar uma nova fase de seu projeto Gênesis de finanças verdes.
Segurança cibernética para CBDC de varejo
Por fim, sobre a segurança das CBDCs de varejo, o BIS disse que vai explorar soluções para permitir que os intermediários forneçam as CBDCs aos usuários. Mas isso sem a exposição financeira relacionada.
Dessa forma, será possível reduzir os riscos e os custos no processo e dar um forte foco na segurança cibernética.
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