Binance recupera US$ 5,8 milhões dos US$ 622 milhões roubados da Ronin, do Axie Infinity

O CEO da Binance, Changpeng Zhao, o CZ, anunciou nesta sexta-feira (22), em sua conta no Twitter, que a sua equipe conseguiu recuperar US$ 5,8 milhões de hackers da Coreia do Norte que, no mês passado, roubaram mais de US$ 600 milhões da rede Ronin, do jogo Axie Infinity.

Segundo CZ, os hackers enviaram parte do fundos para dezenas de contas na Binance:

“O grupo de hackers da RPDC começou a movimentar seus fundos roubados do Axie Infinity hoje. Parte dela foi feita para a Binance, espalhada por mais de 86 contas. US$ 5,8 milhões foram recuperados. Fizemos isso muitas vezes para outros projetos no passado também. Fique #SAFU”, tuitou CZ.

Ataque à Ronin do Axie Infinity

Conforme noticiado pelo CriptoFácil, em 23 de março, os nós validadores Ronin da Sky Mavis e os nós validadores Axie DAO foram comprometidos. O hack resultou numa perda de cerca de US$ 622 milhões em criptomoedas. Trata-se do maior valor roubado em um ataque hacker da história das criptomoedas.

De acordo com um comunicado da Ronin, o ataque afetou tanto a Ronin Bridge quanto a exchange descentralizada (DEX) Katana. A maior parte dos tokens não foi afetada. Mas o hacker conseguiu roubar 173 mil Ether (ETH) e 25,5 milhões na stablecoin USD Coin (USDC).

Depois disso, a Sky Mavis, criadora do play-to-earn Axie Infinity, levantou US$ 150 milhões para reembolsar os usuários afetados. A rodada de financiamento foi liderada pela exchange de criptomoedas Binance.

Na ocasião, CZ afirmou que para o ecossistema global continuar prosperando e amadurecendo, é imperativo que as empresas trabalhem juntas, especialmente quando se trata de segurança.

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Como ocorre em casos como este, a carteira de Ethereum dos hackers passou a ser rastreada e, na semana passada, o Tesouro dos Estados Unidos seguiu uma dica do FBI para incluir o endereço na lista de sanções.

De acordo com o FBI, a carteira estava ligada ao grupo de hackers norte-coreano Lazarus, que seria “patrocinado pelo Estado”.

O grupo é responsável por vários ataques hackers de destaque, incluindo o ataque de ransomware WannaCry de 2017 e o ataque à Sony Pictures de 2014.

Além disso, protagonizou ataques cibernéticos a empresas farmacêuticas em 2020, incluindo a AstraZeneca, desenvolvedora de vacinas COVID-19 . 

No início de abril, os hackers da Ronin movimentaram US$ 7 milhões em criptomoedas para o Tornado Cash, serviço que mistura transações de criptomoedas.

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