Usuários da Venezuela reclamam de bloqueios da MetaMask e nós do Ethereum

Usuários de criptomoedas da Venezuela registraram uma série de reclamações durante a quinta-feira (3). De acordo com eles, a carteira MetaMask e os nós da Infura bloquearam seus acessos à segunda maior blockchain do mundo.

Como resultado, milhares de pessoas ficaram sem poder acessar seus ativos digitais na carteira. O uso de criptomoedas é altamente difundido no país vizinho, que sofre com uma violenta inflação. Portanto, ficar sem acesso a uma carteira pode gerar vários problemas.

Ao que tudo indica, as falhas da MetaMask e da Infura estão interligadas. Segundo informações apuradas pelo CriptoFácil, a Infura restringiu o acesso aos seus nós para diversas jurisdições. No entanto, os usuários da Venezuela foram afetados por engano.

Entenda o caso

O assunto tomou conta do Twitter venezuelano, com várias mensagens sendo compartilhadas. Todas elas eram praticamente idênticas: ao tentar acessar a MetaMask, o usuário recebia uma mensagem de erro de conexão da carteira.

Quem tentava acessar o site da MetaMask no país também não conseguia. O endereço trazia a mensagem: “MetaMask e Infura não estão disponíveis em certas jurisdições devido à conformidade legal”.

O mesmo problema se repetiu em outros países, como Líbano e Irã. Este último é alvo de pesadas sanções por parte do governo dos Estados Unidos. Mas ambos parecem ter sido afetados, com muitos cidadãos locais perdendo o acesso à MetaMask.

Como Irã e Venezuela estão sofrendo com sanções dos EUA, especulou-se que o bloqueio tenha ocorrido por este motivo. Algumas horas depois, a Infura confirmou a informação, mas afirmou que houve um erro em relação ao serviço na Venezuela.

“Na mudança de algumas configurações como resultado das novas diretrizes de sanções dos Estados Unidos e de outras jurisdições, configuramos os bloqueios erroneamente, tornando-os mais amplos do que precisavam ser. Esta foi a nossa supervisão, e somos gratos por quem alertou do erro. Uma vez que determinamos o que aconteceu, fomos capazes de consertar o problema, e o serviço foi restaurado”, disse a Infura.

Ou seja, o bloqueio de fato era destinado a nações sancionadas, mas não deveria ter atingido usuários venezuelanos. E como a MetaMask utiliza parte da infraestrutura da Infura, a carteira acabou sendo atingida pelo bloqueio.

Curiosamente, a Infura não mencionou a Rússia, outro país que está na lista de sanções dos EUA. Mas a Consensys confirmou o bloqueio do acesso a todos os endereços IP dentro das três regiões contestadas da Ucrânia: Crimeia, Donetsk e Lugansk.

OpenSea bloqueada no Irã

Quem também foi bloqueada por causa do erro da Infura foi a OpenSea, plataforma de negociação de tokens não fungíveis (NFT), que restringiu acesso aos usuários do Irã. Desta vez a medida teve como objetivo cumprir as sanções impostas pelo governo americano.

A OpenSea confirmou o bloqueio em resposta a um usuário que atualizou sua MetaMask e percebeu que não estava conseguindo acessar a carteira. Houve um pedido de desculpas, mas a plataforma disse que precisava se adequar à lei, visto que sua sede fica nos EUA.

“Sentimos verdadeiramente pelos artistas e criadores que são impactados, mas a OpenSea está sujeita a políticas rigorosas em torno da lei de sanções. Somos uma empresa baseada nos EUA e cumprimos a Lei de Sanções dos EUA, o que significa que somos obrigados a bloquear pessoas em lugares que estão nas listas de sanções”, disse a plataforma.

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