Tesouro dos EUA confirma: dólar é mais usado para cometer crimes do que o Bitcoin

No início de março, o Departamento de Tesouro dos Estados Unidos divulgou um relatório trienal sobre lavagem de dinheiro e atividades criminosas. E o relatório apontou que o uso do dólar nessas atividades é maior do que as criptomoedas.

O relatório possui uma categoria inteira denominada “Ativos Virtuais”, no qual fala do Bitcoin (BTC) e outras criptomoedas. E eles confirmaram que tanto as moedas fiduciárias quanto as redes de pagamento tradicionais são mais utilizadas para crimes. Nesse sentido, o dólar também se enquadra nesta categoria.

Lavagem de dinheiro com criptomoedas

A princípio, o relatório trienal apresenta os ativos virtuais como uma evolução em termos de lavagem de dinheiro. Ou seja, não descartam que há crimes cometidos nesses mercados, e também destaca tecnologias que aumentam o anonimato das transações. As finanças descentralizadas (DeFi) foram destaques.

Da mesma forma, os ataques phishing e fraudes de ransomware foram destaques, sobretudo após o início da pandemia de Covid-19. Até 25 de outubro de 2021, o Departamento de Justiça apreendeu 984 réus em cerca de 682 casos de fraude com criptomoedas. Os casos envolveram mais de US$ 753 milhões em crimes.

No geral, o relatório afirma que o uso de criptomoedas como método para lavagem de dinheiro está crescendo. O dado corrobora os resultados de um relatório da Chainalysis, que destaca um aumento na quantidade de criptomoedas nas mãos de “baleias criminosas”.

Contudo, os aumentos dos crimes com criptomoedas ainda são minoria. Nesse sentido, o Departamento do Tesouro admite que a moeda Fiat ainda é rei quando se trata de dinheiro criminoso.

“O uso de ativos virtuais para lavagem de dinheiro continua muito abaixo das moedas fiduciárias e métodos mais tradicionais”, afirma o relatório.

Além disso, enquanto os crimes com criptomoedas estão crescendo em números absolutos, a participação relativa segue em queda. De acordo com o relatório, apenas 0,15% de todas as transações de criptomoedas realizadas em 2021 foram criminosas. Este dado foi o mais baixo da história, contra 0,62% em 2020 e 3,37% em 2019.

Criptomoedas são eficazes para crimes?

O relatório não apenas destaca a tendência de queda em transações criptomoedas, mas desmente a ideia de que criptomoedas são um meio fácil para criminosos. De fato, o Departamento de Tesouro afirma que se trata de uma ferramenta de dois gumes.

Por um lado, as transações peer-to-peer (P2) e carteiras auto-custodiais podem ajudar os usuários a burlar controles financeiros. Por outro lado, a maioria das blockchains – incluindo BTC – são muito transparentes, o que acaba dificultando a vida dos criminosos.

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