Suposta pirâmide de criptomoedas do RJ que movimentou R$ 200 milhões é alvo de operação

A empresa Alpha Consultoria, que prometia rendimentos de 30% ao mês sobre supostas aplicações em criptomoedas, foi alvo de uma ação da Polícia Civil na manhã desta segunda-feira (4).

Na Operação Aryan, agentes da polícia foram às ruas cumprir dois mandados de prisão e nove de busca e apreensão contra sócios da suposta pirâmide financeira.

De acordo com as investigações da 76ª DP (Niterói), a empresa lesou mais de 2 mil clientes. Apesar de ter sede em Niterói, Região Metropolitana do Rio, as vítimas são de todo o Brasil.

Além disso, a Alpha Consultoria teria movimentado cerca de R$ 200 milhões em menos de um ano com o suposto golpe. A empresa foi aberta em fevereiro de 2021.

Ao G1, o delegado Luiz Henrique Marques alertou para “promessas fáceis” de retornos financeiros.

“Trinta por cento é incompatível com o mercado. Não acredite em promessa fácil. Não existe dinheiro fácil”, declarou.

Alpha Consultoria é confiável?

Os alvos da operação foram os sócios da Alpha: Sadraqui de Freitas, de 30 anos, e o ex-pastor Nathan Assis de Oliveira, 33.

Até o fechamento desta matéria, os suspeitos não haviam sido encontrados pela Polícia. Os agentes foram até alguns endereços ligados aos alvos da operação, mas não encontraram ninguém. 

Os foragidos responderão por estelionato, associação criminosa e crime contra a economia popular. 

Como de costume em casos deste tipo, para atrair mais vítimas para o esquema, Sadraqui e Nathan ostentavam vidas de luxo nas redes sociais, exibindo fotos em carros de luxo e em aeronaves.

As investigações tiveram início depois que clientes da Alpha Consultoria em Tecnologia da Informação denunciaram o suposto golpe.

Atraso nos pagamentos

Segundo as vítimas, a empresa começou a atrasar o pagamento dos rendimentos prometidos em abril do ano passado.

Em resposta aos questionamentos dos clientes, os sócios da Alpha alegavam que a exchange de criptomoedas onde eles supostamente aplicavam os dinheiros havia bloqueado as contas da empresa indiscriminadamente.

Contudo, segundo a 76ª DP, essa corretora nunca bloqueou as contas e havia, inclusive, valores a serem sacados.

Conforme destacou a Polícia Civil, ambos os suspeitos já tinham passagem pela polícia. Sadraqui, por exemplo, possui 30 anotações criminais por estelionato, organização e associação criminosa, lavagem de dinheiro e crimes contra a economia popular. Enquanto isso, Nathan possui 24 anotações pelos mesmos crimes.

Apesar disso, eles nunca haviam sido presos.

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