Senado quer ouvir Banco Central sobre Real Digital
A possibilidade de criação e implantação de uma moeda digital brasileira pelo Banco Central (BC) será tema de audiência pública na Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado (CCT).
De acordo com a Agência Senado, a iniciativa da audiência pública partiu do presidente da CCT, senador Rodrigo Cunha (PSDB-AL).
Segundo Cunha, a reunião entre os Senadores e o BC para debater o Real Digital é importante. Afinal, é preciso saber no que o projeto vai beneficiar a população.
O senador também afirmou que o BC precisa esclarecer a diferença entre o Real Digital e as criptomoedas como Bitcoin.
“Precisamos saber em que pé isso está e qual o benefício que trará para o povo brasileiro. O assunto é importante e diferente”, afirmou.
Real Digital
Cunha não está isolado em seu pedido, já que a iniciativa recebeu o apoio do senador Jean Paul Prates (PT-RN).
Prates, por sua vez, destacou que há uma grande diferença entre criptomoedas e Moeda Digital de Banco Central (CBDC, na sigla em inglês).
Conforme explicou o senador filiado ao Partido dos Trabalhadores, o Real Digital será emitido e controlado pelo Governo. Enquanto isso, as criptomoedas que não tem qualquer relação com instituições governamentais.
“Gostaria de ressaltar que não se trata de criptomoeda brasileira livre, mas de uma moeda regulada pelo Banco Central. Esse é um assunto ainda desconhecido das pessoas, importante e diferente, de inovação, que precisamos discutir”, declarou Prates.
Além disso, a CCT também informou que vai realizar audiência, em data a ser marcada, sobre o vazamento de dados de mais de 220 milhões brasileiros, ocorrido em janeiro deste ano.
O vazamento envolveu dados como CPF, CNPJ, nome, gênero, data de nascimento, escolaridade, benefícios do INSS e programas sociais.
“Nós, como senadores, temos a obrigação de dar uma resposta aos brasileiros sobre quais os motivos disso e o que está sendo feito para evitar que novos vazamentos de dados sejam perpetrados para um uso que nós sabemos ser sempre de maneira criminosa. Nós temos que dar uma explicação. Isso não é uma situação comum. É algo muito grave”, disse o CCT.
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