Relatório: adoção de criptomoedas explode 880% no mundo; Brasil é 14º do ranking

A taxa de adoção de criptomoedas cresceu mais de 880% em todo o mundo no último ano, de acordo com a empresa de análise de blockchain Chainalysis.

Segundo o relatório “2021 Global Crypto Adoption Index”, intitulado “Geografia da Criptomoeda”, Vietnã, Índia, Paquistão e outras economias emergentes lideraram o aumento. No ranking atualizado da Chainalysis, o Brasil aparece em 14º em termos de adoção.

Brasil é 4º na América Latina

Segundo o levantamento preliminar, divulgado nesta quarta-feira (18), o índice de adoção do Brasil (que vai de 0 a 1) é 0,16. Na América Latina, o Brasil fica em 4º colocado, atrás de Venezuela (0,25), Argentina (0,19) e Colômbia (0,19).

O primeiro colocado no ranking geral é o Vietnã, com índice 1,00. Em seguida, vem a Índia com 0,37 e o Paquistão, em terceiro, com 0,36.

Estados Unidos (2,22) e China (0,19) aparecem em 8º e 13º lugar, respectivamente. Ambos os países tiveram uma queda no ranking com relação ao levantamento do ano passado. Em 2020, a China ficou em quarto lugar no índice de adoção global, enquanto os EUA ficaram em sexto. 

O índice da Chainalysis é calculado com base em três métricas. Elas medem: atividade total com criptomoedas do país, atividade de usuários individuais não profissionais e volume de comércio P2P (peer-to-peer).

O período de análise foi de junho de 2020 a junho de 2021.

Fonte: Chainalysis

“No final do segundo trimestre de 2020, após um período de pouco crescimento, a adoção global total era de 2,5, com base em nossas pontuações de índice de países somadas. No final do segundo trimestre de 2021, essa pontuação total era de 24, sugerindo que a adoção global cresceu mais de 2300% desde o terceiro trimestre de 2019 e mais de 881% no ano passado.” 

Segundo a Chainalysis, a pesquisa sugere que as razões para esse aumento da adoção diferem em todo o mundo.

Fonte: Chainalysis

Economias emergentes lideram a adoção

Os pesquisadores apontaram que a adoção da criptomoeda disparou em todo o mundo. Entretanto, a expansão é especialmente evidente nas economias emergentes.

Países como Quênia, Nigéria, Vietnã e Venezuela têm alta classificação no índice da empresa. Isso porque a maior parte dessas nações têm grandes volumes de transações em plataformas P2P. 

“Nossas entrevistas com especialistas nesses países revelaram que muitos residentes usam as trocas de criptomoedas P2P como seu principal acesso à criptomoeda, geralmente porque não têm acesso a exchanges centralizadas”, explicou a Chainalysis.

Além disso, o relatório apontou que muitas economias emergentes estão sujeitas a uma desvalorização das moedas. Consequentemente, isso incentiva os cidadãos a procurar meios alternativos para armazenar seus recursos.

Ademais, os criptoativos são mais fáceis de transacionar internacionalmente. Isso é especialmente importante porque os governos locais podem limitar a quantidade de moeda enviada para o exterior.

No caso de América do Norte, Europa Ocidental e a Ásia Oriental, a adoção foi impulsionada por investimentos institucionais.

“Em um ano em que os preços das criptomoedas aumentaram dramaticamente, os respectivos motivos de cada região para adotar a classe de ativos parecem ter se mostrado convincentes”, disse o relatório.

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