Quem acumular Bitcoin nos próximos três anos vai se dar bem, afirma Lobo de Wall Street

Jordan Belfort, trader conhecido como o “Lobo de Wall Street, defendeu o investimento de longo prazo no Bitcoin (BTC). De acordo com o famoso trader, ele ficará “chocado” se o hold de médio prazo do BTC não se tornar um investimento lucrativo.

Nesse sentido, Belfort coloca o longo prazo como um horizonte de tempo entre três e cinco anos. Ao mesmo tempo, aconselhou os investidores a olhar para o BTC neste prazo, ignorando as flutuações menores do que este tempo. 

“Se você pegar um horizonte de três, ou talvez cinco anos, eu ficaria chocado se você não ganhasse dinheiro, porque os fundamentos subjacentes do Bitcoin são realmente fortes”, disse Belfort.

E de fato os investidores sempre frisam o histórico de longo prazo no que se refere ao BTC. Nos últimos três anos, por exemplo, quem comprou a criptomoeda obteve um lucro de 110% mesmo com a queda superior a 70% registrada em 2022.

Desempenho positivo do BTC nos últimos três anos. Fonte. CoinMarketCap.

Desempenho positivo do BTC nos últimos três anos. Fonte. CoinMarketCap.

Mudança de postura

Curiosamente, Belfort não é exatamente um exemplo de investimento no longo prazo, já que sua figura é normalmente associada à de especulador. Além disso, o ex-trader e hoje autor recebeu diversas acusações de lavagem de dinheiro e fraudes com IPOs de pequenas empresas.

Mesmo com esse histórico, o Lobo de Wall Street ficou conhecido na criptoesfera pelos seus “alertas” sobre os riscos do BTC. Em 2018, ele opinou que o BTC é baseado na Teoria do Mais Tolo, ou seja, que o BTC só tinha valor porque havia sempre “alguém mais tolo” para comprar, e os investidores deveriam sair desse mercado antes de perder todo o seu dinheiro.

Eventualmente, porém, Belfort mudou totalmente sua postura e passou a falar em favor do BTC. Na sua última “previsão”, Belfort disse que o BTC alcançaria US$ 100 mil em 2021. Apesar do forte rali de alta naquele ano, a previsão não se concretizou.

O principal elogio de Belfort diz respeito à oferta do BTC, limitada a 21 milhões de moedas. Na visão dele, à medida que a inflação continuar subindo no mundo, o mercado enxergará o BTC como um reserva de valor e não como um ativo de risco.

Nesse sentido, Belfort opinou que o BTC ainda está em seus primeiros dias, razão pela qual é normal o criptoativo possuir forte correlação com as ações de tecnologia, ao invés de se aproximar mais da volatilidade do ouro, por exemplo.

“Não há propriedade institucional real em Bitcoin, por exemplo. Você não tem um fundo de pensão de professores que possui Bitcoin para um hedge de dez anos, ainda não é assim”, acrescentou.

Novos alertas

Se Belfort mudou sua visão sobre o BTC, ele ainda alerta para os riscos de golpes nas criptomoedas como um todo. Por isso o ex-trader também deu dicas de como as pessoas podem se proteger de golpes aplicados neste mercado.

Comparado às finanças tradicionais, o setor de ativos digitais carece de regras abrangentes, o que explica por que às vezes “as pessoas estão sendo massacradas”.

“Na criptomoeda, você pode sair e levantar dinheiro, mas não há divulgação, e toda vez que não há divulgação, sempre acaba mal”, afirmou.

Em inglês, Belfort usou o termo disclosure, que se refere a um conjunto de documentos que as empresas precisam disponibilizar ao mercado antes de emitir ações. Portanto, o investidor defende a existência de regras mais claras e seguras para as criptomoedas.

Ele aconselhou os investidores a tomar cuidado ao lidar com um determinado projeto e se familiarizar com sua equipe de executivos. Belfort acredita que um protocolo com proprietários desconhecidos deve ser considerado uma grande preocupação.

Por fim, ele alertou as pessoas para verificarem a utilidade dos projetos em que desejam investir. Se a ideia por trás de uma determinada empresa funcionar melhor a partir de um servidor centralizado do que com criptomoedas, “eu provavelmente não me envolveria”, finalizou Belfort.

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