Polygon: uma ameaça à Binance Smart Chain (BSC)?

A blockchain Polygon, anteriormente conhecida como Matic, está em crescimento parabólico de aceitação no meio das finanças descentralizadas (DeFi).

Pensada como uma opção paralela à blockchain Ethereum, tendo em vista as altas taxas da rede e a dificuldade para as aplicações desenvolvidas nela escalarem. É considerada uma “segunda camada” ou sidechain, onde o Ethereum atua como mainchain e os criptoativos são transferidos através de pontes, com a estrutura ampliando para também atuar na Binance Smart Chain.

Polygon é uma blockchain rápida, capaz de interoperar com outras redes, conta com taxas abaixo de 1 centavo para transações, segurança aprimorada e uma experiência em geral mais agradável para usuários e desenvolvedores do que o Ethereum.

Ao mesmo tempo, ela é uma blockchain altamente compatível. Muitos dos maiores aplicativos descentralizados (dApps) da Ethereum como Aave, PoolTogether, 1Inch, Curve e SushiSwap expandiram para desenvolver também na Polygon.

Isso traz cada vez mais confiabilidade e adoção para a rede, bem como maior movimentação de capital dentro dela.

Essa grande adoção trouxe á tona a discussão sobre a validade da blockchain idealizada pela Binance, a Binance Smart Chain (BSC), anteriormente vista com a melhor alternativa a Ethereum pela grande liquidez e estímulos.

As críticas em relação à BSC estão justamente nessa questão: os incentivos da Binance levantam dúvidas sobre uma possível centralização.

A maior crítica está na quantidade de validadores da rede. A BSC conta com apenas 21 validadores contra 100 validadores na Polygon, visto por usuários DeFi e principalmente maximalistas da rede Ethereum como um alto risco de centralização.

Uma perspectiva abrangente…

O crescente aumento do número de blockchains com suporte a contratos inteligentes não tem perspectiva para parar.

Há uma gama de redes também em grande adoção no ambiente DeFi, como Solana e Fantom, cada qual com seu diferencial.

Também existem várias outras opções de solução de segunda camada atacando diretamente as taxas e a escalabilidade da Ethereum, como Optimism e ZK-Rollups, talvez as verdadeiras concorrentes da Polygon.

O ambiente atual da BSC é recheado de projetos que já trouxeram da Ethereum versões suas, além de novos projetos que buscam um ambiente com alta liquidez e com fortes incentivos.

Tais incentivos se dão tanto em questão de compatibilidade com Ethereum para facilitar expansão quanto construção, além de muitas vezes ultrapassar a quantidade de transações da Ethereum.

A BSC está num momento de consolidação de grandes projetos exclusivos dela, mantendo-se em plena adoção. Isso é semelhante ao que ocorreu na Ethereum, com Uniswap e Aave, e possivelmente também acontecerá com outras blockchains e ecossistemas DeFi.

Conclusão

Cada blockchain possui seu diferencial e seus incentivos de participação. Tanto dApps quanto os usuários se beneficiam das expansões, que abrangem um público maior e aumentam as possibilidades de diversificação.

O mercado DeFi anda é pequeno comparado a todo o dinheiro que pode ser injetado em todo e qualquer tipo de aplicação dApps por qualquer pessoa, em qualquer lugar do mundo, a qualquer momento, com a crescente adoção, é notável que terá espaço para muito desenvolvimento e muitas redes funcionando em conjunto, como a ponte recente conectando Polygon e BSC.

Nesse sentido, o melhor caminho é a colaboração e interoperabilidade e não a competição.

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