Passaporte de vacina é vendido por R$ 500 em Bitcoin no Rio de Janeiro
Conforme noticiou o CriptoFácil, casos envolvendo fraudes no chamado passaporte de vacina estão crescendo desde o início da pandemia. Agora, esses documentos estão sendo vendidos por até R$ 500 reais no estado do Rio de Janeiro (RJ).
O pagamento costuma ser realizado em Bitcoin (BTC), a pedido dos falsificadores. Os certificados falsos são vendidos para quem se recusa a se vacinar contra a Covid-19 – o estado tornou obrigatório a apresentação do comprovante de imunização.
Falsificação circula em grupos
De acordo com reportagem do jornal Extra, o esquema funciona por meio de propaganda boca-a-boca, porém de forma moderna. Os contatos são repassados por meio de grupos ou aplicativos anti-vacina, geralmente através de indicações.
Em seguida, vendedor e comprador organizam a transação. De maneira geral, as vendas são efetuadas apenas em BTC. Se o cliente solicitar, o vendedor pode oferecer outras criptomoedas, mas não é possível pagar via Pix ou dinheiro.
O pagamento é feito antecipadamente e o próprio falsificador se oferece para ensinar a pessoa a criar uma carteira e fazer a operação. “Se precisar de instrução, eu lhe ensino. É tão simples quanto fazer compras online”, diz trecho de um dos anúncio.
Feito o pagamento, o usuário recebe o comprovante falso, um arquivo PDF que emula o documento emitido pelo aplicativo Conecta SUS, do Governo Federal. Nele há todas as informações pessoais, enviadas pelo comprador aos criminosos, e das duas doses da vacina, ou a dose única.
No entanto, os códigos de autenticação gerados pelo Ministério da Saúde na plataforma não podem ser burlados. Assim, o documento falso só pode ser utilizado em locais onde o QR Code ou os códigos não são checados. De acordo com os usuários, o falsificador faz esse alerta na entrega do documento.
Blockchain tenta prevenir falsificações
A falsificação dos certificados virou uma alternativa para quem não deseja tomar a vacina, mas, ao mesmo tempo, também quer evitar as sanções. Hoje, com mais de 70% dos brasileiros vacinados com ao menos a primeira dose, vários estados implementaram o chamado passaporte de vacina.
Conforme a lei, o comprovante é exigido para entrar em eventos, lojas, supermercados e outros lugares. No RJ, todos com 40 anos ou mais precisam estar vacinados com as duas doses, ou dose única. Já quem tem 39 anos ou menos precisa ter ao menos a primeira dose.
Em abril, o deputado federal Leonardo Gadelha (PSC/PB) propôs a criação do passaporte da vacina em blockchain. Gadelha defendeu o uso da tecnologia como forma de reduzir custos e fraudes na produção do documento.
Atualmente, há uma multa de R$ 1 mil para quem tentar fraudar o comprovante de vacinação contra a Covid-19. O valor sobe para R$ 1,5 mil caso o infrator seja um funcionário público do estado.
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