“Não sei o que é, mas odeio NFT”, diz Felipe Castanhari
O youtuber e criador do canal Nostalgia Felipe Castanhari declarou que detesta a tecnologia de tokens não fungíveis (NFT). A frase foi dita por ele na segunda-feira (17) em sua conta no Twitter.
Por meio de dois tuítes, Castanhari admitiu que ainda não entende como funciona a tecnologia. No entanto, ressaltou que detesta o tema.
“Desculpa aí vocês que curtem, mas eu odeio NFT. Só pra deixar 100% claro, essa é uma opinião de alguém que não entende praticamente NADA do assunto. Eu já tentei parar para ler sobre, mas nenhuma matéria ou artigo que li fizeram eu entender isso de uma forma simples”, disse Castanhari.
Com mais de 12 milhões de inscritos em seu canal e 7,4 milhões de seguidores no Twitter, a opinião de Castanhari naturalmente dividiu o público. Enquanto muitos usuários se manifestaram apoio ao youtuber, outros criticaram a sua postura.
Houve ainda um grupo que questionou a respeito do que seriam os NFTs. Por se declarar um leigo no assunto, Castanhari não respondeu a este último grupo.
Comunidade tóxica?
Em resposta a um de seus seguidores que perguntou o que eram NFTs, Castanhari voltou a ressaltar seu desconhecimento do tema. Ele admitiu que “não tem propriedade ou conhecimento algum para falar mal da tecnologia”, apesar de ter formação na parte artística – curso de animação de vídeos.
No entanto, por que Castanhari resolveu disparar um suposto ódio contra os NFTs se mal conhece a respeito do tema? Em outros dois tuítes, o youtuber explica isso por meio de críticas ao uso que está sendo feito da tecnologia hoje em dia.
“Provavelmente, me incomoda essa ideia de que isso é a grande revolução da humanidade quando na verdade me parece só uma desculpa pra tirar dinheiro dos outros. Sabe quando um grupo que tu não vai com a cara começa a gostar muito de um coisa, aí automaticamente você passa a odiar aquilo? Esse sou eu com NFT. Meu ódio não tem relação nenhuma com a tecnologia (que eu nem entendo muito bem), mas sim com a forma com que ela está sendo usada”.
Ou seja, a preocupação de Castanhari não seria com a tecnologia, mas sim com possíveis crimes. E os NFTs de fato viraram alvos de criminosos, como no caso da plataforma de grifes Hermès. Em dezembro, usuários chegaram a pagar 200 ETH em NFT que posteriormente foram revelados como falsos.
De bitcoiners ao Primo Rico
Contudo, os golpes aplicados na indústria de NFT não significam que o mercado não tenha inovações. A tecnologia permite exatamente a proteção contra artes e produtos digitais falsos. Como possuem um registro único e imutável, os NFTs protegem contra fraudes e falsificações.
Nesse sentido, Felipe Ojeda, criador do canal Bitcoin e Liberdade, criticou a opinião de Castanhari e rebateu a tese de que NFT são apenas “figuras colecionáveis”. Ojeda também compartilhou um vídeo onde explica sobre NFTs e Metaverso.
Uma das respostas em destaque ao tuíte de Castanhari veio de Thiago Nigro, criador do canal Primo Rico. O empresário ressaltou a enorme revolução deste mercado e que, em breve, qualquer pessoa terá um NFT para si.
Ao mesmo tempo, Nigro destacou que existem projetos que de fato são mal intencionados, até mesmo criminosos. Nesse sentido, são essas organizações que devem ser “odiadas”, e não os NFTs em si.
“Bro, odeie as pirâmides, não os NFTs. Existe um grande movimento acontecendo abaixo de nossos olhos. Acredite, minha avó não vai saber o que significa um “NFT”, mas terá um em carteira – e mais breve do que imaginamos”, disse Nigro.
O CriptoFácil entrou em contato com a assessoria do Canal Nostalgia para ouvir a opinião de Castanhari com mais detalhes. Caso haja resposta, esta matéria será atualizada.
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