Militares pró-Rússia na Ucrânia receberam R$ 11,5 milhões em doações de criptomoedas, diz Chainalysis

A guerra entre Rússia e Ucrânia, que teve início em fevereiro deste ano, fomentou as doações em criptomoedas para as duas nações que viram nos ativos digitais uma forma de financiar suas tropas.

Agora, novos dados levantados pela empresa de análise Chainalysis mostram que grupos paramilitares russos na Ucrânia receberam US$ 2,2 milhões em doações de criptomoedas durante a guerra em andamento. Em reais, isso equivale a cerca de R$ 11,40 milhões.

Doações em Bitcoin e Ether

De acordo com o levantamento, as doações foram, em sua maior, em Bitcoin (BTC). Ao todo, as tropas russas receberam R$ 7,5 milhões (US$ 1,45 milhão) em BTC; R$ 3 milhões (US$ 590.000) em ETH; mais de R$ 1,0 milhão (US$ 206.800) em USDT e TRX; quase R$ 110.000 (US$ 21.174) em Litecoin (LTC); e R$ 12.250 (US$ 2.363) em Dogecoin (DOGE).

No início da guerra, vários grupos de paramilitares pró-Rússia, incluindo grupos de voluntários, foram às redes sociais pedir doações para financiar as compras militares.

Segundo a Chainalysis, ao menos 54 organizações receberam coletivamente as doações de criptomoedas. Os grupos usaram e ainda usam os fundos para a compra de equipamentos. Além disso, também usam as doações para disseminar propagandas a favor da Rússia.

Ainda de acordo com o relatório, os grupos usam as redes sociais para divulgar, por meio de imagens, os equipamentos adquiridos com as doações. Ao mesmo tempo, eles informam de que forma vão aplicar as futuras doações.

Cripto para driblar sanções

A empresa também relatou que, além dos paramilitares, várias entidades e pessoas que sofreram sanções promoveram a doação de criptomoedas para forças pró-russas.

Conforme destaca o relatório, uma dessas pessoas é Alexander Zhuchkovsky, alvo de sanções por sua afiliação ao grupo terrorista Movimento Imperial Russo (RIM).

Ele divulgou tanto a possibilidade de doar cripto para o RIM quanto para o Projeto Terricon. O Terricon solicita doação de criptomoedas para apoiar grupos de milícias de Donbas e disse que está usando cripto na tentativa de evitar sanções.

As análises da blockchain realizadas pela Chainalysis revelam que o projeto recebe cerca de 11% de seus fundos de misturadores cripto. Além disso, o projeto está enviando 29% de seus fundos por meio de uma exchange com sede em Moscou conhecida por lavagem de dinheiro com criptomoedas.

Por fim, a Chainalysis destacou que a transparência do blockchain tornou possível rastrear esses fundos e identificar esses grupos paramilitares. Enquanto isso, se as negociações fossem em dinheiro, seria mais difícil fazer o rastreio.

Doações à Ucrânia

Vale destacar que, embora os US$ 2,2 milhões seja uma cifra significativa, ainda é pouco em comparação com o que foi doado em cripto para a Ucrânia.

Os valores exatos são imprecisos, mas estima-se que a Ucrânia levantou mais de US$ 60 milhões em doações de criptomoedas desde que a Rússia lançou sua invasão em fevereiro.

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