Metaverso vai gerar novas profissões até 2030, revelam especialistas

O metaverso está cada vez mais popular, atraindo a atenção de empresas e investidores. Trata-se de uma nova camada da realidade, integrando os mundos físico e virtual em um ambiente imersivo que pode ser utilizado com diversas tecnologias, como realidade virtual, hologramas e realidade aumentada.

Nesses universos, as pessoas poderiam interagir umas com as outras, trabalhar, estudar e ter uma vida social através de seus avatares.

O principal objetivo, portanto, é que as pessoas não sejam apenas observadoras. Em vez disso, participem desse mundo virtual.

Recentemente, Adrien Book publicou um estudo na Revista Cult, detalhando algumas das diversas profissões que surgirão até 2030 dentro do Metaverso.

Com base nessa pesquisa, Tatiany Melecchi, primeira brasileira certificada como Professional in Talent Development pela ATD (Association for Talent and Development) nos EUA, comenta sobre as principais atividades e suas respectivas funções.

De acordo com a especialista, o metaverso terá grande importância nos próximos anos.

“Os líderes das organizações definem uma estratégia para o crescimento das receitas de seus negócios no Metaverso. Este profissional precisará conduzir um portfólio estratégico de oportunidades, desde a prova de conceito até a implantação. Isso significa identificar oportunidades de mercado, construir casos de negócios, influenciar roteiros de engenharia e desenvolver métricas-chave”, relata.

Profissões do metaverso

Com as questões sensoriais cada vez mais abrangentes devido à tecnologia, Tatiany revela que o Construtor de Hardware para o Metaverso precisa criar ferramentas que façam as pessoas se sentirem mais imersas naquele mundo.

“Sensores que fazem você se sentir tocado, câmeras que verificam se você está com bom ou péssimo humor e fones de ouvido que sentem o clima ao seu redor projetando, por exemplo, um dia de inverno no mundo digital. Esses são apenas alguns dos equipamentos que podem ser desenvolvidos para a interagir diretamente com este universo virtual”, exemplifica.

Contudo, a privacidade será uma das maiores dúvidas relacionadas ao Metaverso. Afinal, com esses diversos sensores as empresas terão uma quantidade inimaginável de dados sobre indivíduos e organizações.

“O Gerente de Segurança do Metaverso é uma posição estratégica para prever com precisão como as funcionalidades desse universo serão usadas de forma negativa, identificando componentes críticos de segurança, sistemas e etapas de fabricação associadas a essas previsões. Tudo isso visando aumentar a segurança, sem sacrificar a funcionalidade ou o design”, pontua a CEO.

Além disso, a especialista relata que existem vários outros empregos que serão gerados a partir da implementação do Metaverso.

“Cientista de Pesquisa, Storyteller, Construtor de Mundos e Desenvolvedor de Avatares são apenas algumas das várias atribuições que podem ser criadas no Metaverso”, finaliza.

Profissões de metaverso que já existem

O publicitário, consultor de tendências e fundador da 16 01, Edu Paraske, indicou três profissões que já são realidade: Especialista em metaverso; Especialista em NFT; Prototipador baseado em dados e Agente de mudança da inovação

Sobre o primeiro cargo, Paraske afirmou:

“Assim como hoje temos profissionais que entendem de mídia, planejamento, criação e outras disciplinas, para o mundo virtual de convivência, todos estes atributos precisarão convergir. Isso porque não acontecerão de forma sinótica, e sim, em uma simbiose invisível. Será preciso entender e compreender o que é possível fazer. Como acontece hoje em dia no mundo dos games: poucos profissionais realmente entendem todas as possibilidades que esse ecossistema oferece.”

Enquanto isso, sobre os especialistas em NFTs, ele destacou:

“Uma olhada nas estatísticas recentes revela o quão rápido a popularidade do NFT está crescendo. Em 2020, o valor total de vendas de tokens não fungíveis foi de US$ 250 milhões. Enquanto isso, o primeiro trimestre de 2021 teve um valor total de vendas de US$ 2 bilhões. Ainda não alcançamos nem 10% de todo o potencial de negócios com NFTs, blockchain e criptomoedas. Isso significa que muitos negócios encontrarão oportunidades muito rentáveis de utilizar tecnologias agregando valor com uma nova unidade de negócios. Entre games, coleções licenciadas, artes ou peças do mundo fashion”.

Prototipador e Agente de mudança da inovação

Já com relação ao Prototipador baseado em dados, Paraske considerou:

“Os dados e a maneira de visualizá-los estão cada vez mais acessíveis e intuitivos. Em breve, as tecnologias chegarão no estado da arte para promover um acesso amigável aos dados em todas as plataformas e para todas as áreas. Ou seja, a habilidade mais importante não será conseguir dados e analisá-los, mas sim, ter as ideias de que ações serão tomadas, que testes serão feitos, quais experimentos serão testados e quais protótipos teremos que colocar em prática. Assim, os profissionais mais valorizados serão aqueles que integrarem sua capacidade de analisar dados, colocar ações em prática e gerar negócios.”

Por fim, sobre o agente de mudança da inovação, ele disse:

“Por mais rápidas e dinâmicas que sejam as mudanças tecnológicas e a inovação que consumimos, as empresas precisarão de pessoas que deverão assumir a responsabilidade de transformação da cultura de inovação. Isso acontece hoje parcialmente em empresas que têm áreas de inovação, ou até dentro do próprio RH. Mas diante de um mundo tão caótico, essas posições serão consideradas essenciais muito em breve. Hoje, ainda tem sua atuação como os chamados “double hat”. Ou seja, alguém acumula esta função de treinar e aculturar a empresas. Mas isso ainda é visto como despesa e também como uma simples iniciativa de treinamento e desenvolvimento, e não como algo estratégico e que gera negócios.”

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