Idoso perde R$ 800 mil em golpe com criptomoedas aplicado por ex-gerente de banco

Um idoso foi uma das vítimas do suposto esquema de pirâmide financeira alvo da Operação CriptoGolpe em 1º de setembro. O homem de 87 anos, que não teve seu nome revelado, foi aliciado por uma ex-gerente de banco para que realizasse um suposto investimento em criptomoedas.

Contudo, o investimento era, na verdade, um golpe e o morador de Sorocaba (SP) perdeu quase tudo o que investiu.

De acordo com uma matéria do G1, a ex-gerente de banco conhecia a vítima e o convenceu a fazer o investimento. A empresa em questão fazia propaganda em nome de Criptbank S/A, Criptbank Holding Investimentos Negócios e Participações e da Gasull Investimentos Ltda.

CriptoGolpe: empresa prometia 10% de lucro ao mês

Para atrair pessoas para o esquema, a empresa oferecia rendimentos de 10% ao mês sobre o valor aplicado com supostos investimentos em Bitcoin e outras criptomoedas.

Conforme revelou o promotor de Justiça, Cláudio Bonadia de Souza, a ex-gerente de banco fazia parte da quadrilha.

Depois que o idoso denunciou o esquema, o Ministério Público começou as investigações contra o grupo.

No dia 1º de setembro, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e a Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Sorocaba deflagraram a Operação CriptoGolpe no estado de São Paulo

Os agentes cumpriram dez mandados de busca e apreensão e sete mandados de prisão. Durante a operação, seis suspeitos foram presos. Além disso, foram apreendidos computadores, documentos e carros, incluindo um veículo de luxo. 

As investigações da polícia apontam que a quadrilha aliciava pessoas pela internet para realizarem um suposto investimento em criptomoedas. No entanto, o valor aportado pelos investidores não era, de fato, aplicado pelos golpistas. 

Segundo as investigações, o grupo movimentou R$ 1,4 milhão com o esquema. Estima-se ainda que o grupo tenha causado prejuízos de milhões de reais a diversos investidores, entre eles, o idoso de Sorocaba.

Idoso convenceu a filha a participar do esquema

O advogado da vítima, Danilo Campagnollo Bueno, informou ao G1 que o idoso foi procurado pela ex-gerente de banco em 2019. Ela havia sido a responsável pela conta bancária da vítima que confiava nela.

“Por causa da confiança que ele tinha durante anos, ele fez um aporte inicial de R$ 400 mil, no primeiro mês. Uma das condições era que esse valor não fosse resgatado em seis meses, e era apresentado um contrato por outra empresa. Passado o primeiro mês, o grupo devolveu uma parte, um pequeno valor que seria de 10% do investimento.”

Após receber o primeiro rendimento prometido, a  vítima se animou com o investimento e aplicou mais R$ 400 mil.

Ao mesmo tempo, conseguiu convencer a filha, de 63 anos, a entrar no esquema. Ela depositou R$ 50 mil e também recebeu o rendimento prometido no primeiro mês.

Contudo, conforme os meses se passaram, a empresa parou de pagar os lucros devidos. O aporte inicial tampouco foi recuperado.

“Essa ex-gerente de banco não sabia dizer onde o dinheiro foi investido. Então, meus clientes começaram a pedir o resgate do dinheiro e outras pessoas se apresentavam em nome da empresa. Apenas enrolavam as vítimas para afastar o crime. Passavam a aparência de falência e não de estelionato.”

O Gaeco informou que não ainda não levantou o número exato de vítimas. No entanto, afirmou que as investigações contra o grupo continuam.

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