Hacker começa a mover fundos roubados de ataque a Ronin Bridge

Cinco dias após o ataque histórico à Ronin Bridge, os fundos roubados começam a ser movimentados pelos hackers. As movimentações foram relatadas pelo jornalista chinês Colin Wu e ocorreram ao longo desta segunda-feira (4).

Conforme dados do explorador de blocos Etherscan, ocorreram 24 transações nas últimas quatro horas. A primeiro delas movimentou 1.000 Ether (ETH), ou cerca de R$ 16,2 milhões em valores atuais. Em seguida houve mais uma transação grande, de 1.001 ETH.

Outras 22 transações movimentaram cerca de 100 ETH cada, enquanto duas movimentaram valores bem menores (0,00001 ETH). Todas elas foram enviadas do endereço do hacker até o Tornado Cash, serviço que mistura transações de criptomoedas.

Transações começam a ser rastreadas

De acordo com matéria escrita pelo CriptoFácil, o hacker inicialmente moveu parte dos fundos para a exchange FTX. Mas como as principais plataformas utilizam processos de verificação de identidade (KYC, na sigla em inglês), isso não é uma boa estratégia.

Além da FTX, exchanges como a Huobi e Crypto.com possivelmente receberam fundos oriundos do ataque. Todas prometeram agir e investigar as contas que receberam as transações.

Por isso, os hackers mudaram de estratégia e resolveram ocultar os fundos roubados antes de sacá-los em moedas fiduciárias. Nesse sentido, os mixers de transações servem para ocultar a origem dos fundos de um endereço.

O uso de mixers não é necessariamente um crime, mas a ferramenta tem sido utilizada por criminosos para ocultar fundos roubados, numa espécie de lavagem de dinheiro moderna. Por isso que essas ferramentas estão cada vez mais na mira das autoridades.

“Isto é quando as blockchains com foco em privacidade falham e acabam atuando como munição para regulamentos mais rigorosos que afeta os investidores legítimos de varejo e institucionais”, disse o fundador da Immutable Vision.

O Tornado Cash é o principal mixer utilizado no mercado. Ele fornece transações privadas e anônimas para os tokens Ethereum e ERC-20, quebrando a associação entre os endereços de origem e destino na blockchain. Dessa forma torna-se mais difícil rastrear a origem dos fundos transferidos.

Entenda o ataque

A Ronin Bridge é uma ponte que permite que transferências cruzadas de e para o ecossistema Axie Infinity. No final de março, o serviço foi vítima de um ataque que drenou US$ 620 milhões em ETH e a stablecoin USD Coin (USDC).

O ataque ocorreu quando o hacker teve acesso a cinco dos nove nós que autorizavam transações na Sky Mavis, a empresa por trás da Axie Infinity. Com o controle da maioria da rede, ele conseguiu autorizar transações de saque e enviar os fundos para suas carteiras.

Como resultado, este foi o maior ataque a um protocolo de criptomoedas em toda a história, só que os usuários acusaram a Sky Mavis de negligência. Isso porque o ataque ocorreu em 23 de março, mas só foi descoberto no dia 29, quando um usuário tentou sacar 5.000 ETH da Ronin e não teve êxito.

A Sky Mavis afirmou que está totalmente comprometida em reembolsar as vítimas do ataque.

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