Funcionários da Coreia do Norte estão espionando empresas de criptomoedas, diz EUA
A Coreia do Norte está despachando milhares de trabalhadores de Tecnologia da Informação qualificados para o exterior para procurar emprego em empresas ligadas ao mercado financeiro e de investimentos, como fintechs e empresas de criptomoedas.
Os norte-coreanos estaria se passando por cidadãos de outros países na busca de empregos em que possam trabalhar remotamente em áreas sensíveis em empresas de tecnologia e finanças. Foi o que informou o Departamento do Tesouro dos EUA.
“Esses funcionários de TI aproveitam as demandas existentes por habilidades específicas de TI, como desenvolvimento de software e aplicativos móveis, para obter contratos de trabalho freelance de clientes em todo o mundo”, destaca o comunicado.
Dessa forma, os norte-coreanos estariam atuando como espiões nestas empresas. Além disso, a receita arrecadada com o emprego estaria sendo canalizada para programas de armas de destruição em massa da Coreia do Norte, diz comunicado emitido em conjunto pelo Departamento de Estado e pelo FBI.
Espiões norte-coreanos
De acordo com o governo americano, as empresas precisam ficar alertas. Afinal, esses trabalhadores também podem vazar informações sensíveis que resultam, posteriormente, em ataques hackers.
“A RPDC envia milhares de trabalhadores de TI altamente qualificados em todo o mundo para gerar receita que contribua para seus programas de armas de destruição em massa (WMD) e mísseis balísticos, violando as sanções dos EUA e da ONU”, diz o comunicado.
Ainda, o alerta acrescenta que os trabalhadores de TI norte-coreanos que são contratados “se envolvem em trabalhos de TI distintos de atividades cibernéticas maliciosas”. No entanto, podem usar o acesso que obtiveram como contratados para permitir as invasões cibernéticas maliciosas.
Por fim, o comunicado destaca que a contratação de trabalhadores norte-coreanos de TI pode trazer “riscos de reputação”, bem como o “potencial de consequências legais” por violar as sanções dos EUA e do Conselho de Segurança da ONU ao Norte.
“Além disso, há casos em que os trabalhadores são submetidos a trabalho forçado pelo governo”, acrescenta.
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