FBI é a maior baleia de Bitcoin depois de Satoshi Nakamoto

O FBI é, possivelmente, o segundo maior detentor de Bitcoins do planeta, atrás apenas de Satoshi Nakamoto. A posição foi alcançada após o serviço de inteligência dos Estados Unidos apreender 174 mil BTC do mercado da darknet, Silk Road, em 2013. Hoje, o valor equivale a quase R$ 34 bilhões.

Um relatório da revista Wired daquele ano indicou que o FBI controlava dois endereços com mais de 300.000 Bitcoins. 

No entanto, o primeiro endereço identificado hoje só possui 0,01234174 BTC, ou R$ 2.408. Já a segunda carteira detém 0.23920852 BTC, equivalente a R$ 46.680.

Apesar disso, é bastante plausível que o FBI tenha outras carteiras que ainda não foram identificadas. Destaca-se que a agência realiza, regularmente, algumas das maiores apreensões de Bitcoin do mundo.

O caso mais recente, possivelmente, é o da Colonial Pipeline. Em 7 de junho, o FBI disse ter resgatado 63,7 BTC (ou R$ 22 milhões) dos hackers que invadiram a empresa de oleodutos.

De acordo com um artigo do analista de criptomoedas Mr. Whale, embora não se saiba quantos Bitcoins o FBI tem, de fato, o montante deve estar na casa dos milhões:

“Em 2021, não está claro quantas carteiras de Bitcoin o FBI controla. Mas não ficaria surpreso se eles tivessem obtido acesso a mais de 500.000 ou 1 milhão em Bitcoin.”

Federais acusados de roubar Bitcoin no caso Silk Road 

Os EUA se tornaram proprietários de um dos maiores tesouros em Bitcoin, graças à apreensão do Silk Road e de seu operador Dread Pirate Roberts, supostamente a persona online de Ross Ulbricht.

Dois anos após o mercado ter sido fechado, dois agentes federais que participaram das investigações foram acusados de roubar parte dos Bitcoins apreendidos: Carl Force e Laurel.

Force era o agente principal no caso e o principal investigador que se comunicava com Ulbricht. Ele teria roubado 1.200 BTC e Bridges 3.100 Bitcoins.

FBI usando misturadores de criptomoedas

Além de casos flagrantes de corrupção dentro do FBI, a agência também foi acusada de usar misturadores de criptomoedas. O objetivo seria ofuscar transações de Bitcoins apreendidos que resultam de um confisco.

De acordo com um artigo de Joshua Davis, publicado em abril, o FBI tem evitado “transparência e responsabilidade”, principalmente quando está lidando com apreensões de criptomoedas.

Segundo a publicação, apesar de criminalizar os misturadores, o FBI está “rotineiramente” usando a ferramenta há alguns anos.

Davis defende ainda que um desses usos ocorreu em 2018, quando o FBI apreendeu 39.67 BTC de um homem no Arizona. Em seguida, a agência deu a entender às vítimas que as criptomoedas já haviam sido vendidas.

No entanto, os dados da blockchain mostraram que isso não havia acontecido. Então, as vítimas foram informadas de que um “erro administrativo” tinha sido cometido.

FBI enviando Bitcoins para si mesmo

Ainda de acordo com o relatório, dados da blockchain mostram que o montante apreendido foi enviado para endereços controlados pela própria agência. 

O endereço que enviou os recursos já tinha realizado mais de 800.000 transações, enviando um total de 43 milhões de BTC. Em 2017, a carteira chegou a ter um saldo máximo de 16.000 Bitcoins. Tudo isso, conforme apontou Davis, sinaliza para o uso de misturadores:

“O processamento de 43 milhões de Bitcoins exigiria que esse endereço recebesse o equivalente à soma total de todos os Bitcoins que serão extraídos [21 milhões] por meio desse endereço duas vezes”, ressaltou Davis.

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