Dono da GAS está ligado a outra suposta pirâmide de criptomoedas

Quase R$ 20 mil. É o que Glaidson Acácio dos Santos, preso na última quarta-feira (25) acusado de operar uma pirâmide de criptomoedas, tem a receber do Grupo Bitcoin Banco (GBB). Assim como a GAS Consultoria Bitcoin, de Glaidson, o GBB, liderado pelo autointitulado “rei do Bitcoin”, Cláudio José de Oliveira, também é apontado como um esquema de pirâmide.

De acordo com a Justiça do Paraná, o ex-garçom é um dos principais credores do GBB após a falência do grupo, decretada em julho.

Rei do Bitcoin deve à “Faraó”

O “Rei do Bitcoin” também foi preso durante uma operação da PF deflagrada em julho deste ano. No início de agosto, o dono do GBB foi indiciado por estelionato e organização criminosa.

Além disso, responderá por crime contra a economia popular, crime falimentar, crime contra sistema financeiro e outros.

Sua empresa, Grupo Bitcoin Banco, prometia altos rendimentos com arbitragem com Bitcoin. No entanto, deixou de pagar seus clientes em 2019.

Naquele ano, Claudio Oliveira obteve uma decisão favorável a um pedido de recuperação judicial. Como consequência da decisão, as ações cíveis às quais ele respondia  foram interrompidas.

Entretanto, constatou-se que o grupo não cumpria as obrigações determinadas pelo decreto de recuperação judicial. Ademais, a justiça alegou que a recuperação judicial era uma estratégia do Grupo para impedir o arresto de ativos financeiros em dinheiro e em criptomoedas.

Dois dias após a prisão de Cláudio, em 7 de julho, a Justiça decretou a falência do grupo e ordenou que todos os credores fossem identificados.

Segundo as investigações, o GBB teria movimentado mais de R$ 1,5 bilhão com o golpe e lesado 7 mil pessoas, entre elas, o dono da GAS.

No processo, Glaidson aparece com R$ 19,4 milhões a receber do GBB. O valor o coloca entre os dez maiores montantes pendentes de pagamento.

Ativos apreendidos reembolsarão vítimas do GBB

Na operação que prendeu o Rei do Bitcoin, a PF também apreendeu joias, 14 carros de luxo, bolsas de grife e dinheiro vivo. As apreensões foram avaliadas em R$ 5,8 milhões. 

Uma Lamborghini Gallardo LP 560-4, pertencente ao “Rei do Bitcoin”, inclusive, será usada, temporariamente, pela Polícia Federal no Paraná.

Em seguida, vai a leilão e o valor arrecadado — assim como todos os outros ativos do grupo — serão utilizados para reembolsar as vítimas do esquema, inclusive, teoricamente, o próprio Glaidson.

GAS movimentou R$ 7 bilhões em 2 anos

Embora o montante movimentado pelo GBB tenha sido muito expressivo, R$ 1,5 bilhão, não se equipara ao volume que Glaidson movimentou.

De acordo com a Polícia Civil, que também investiga as atividades do acusado, o ex-garçom movimentou R$ 7 bilhões. As movimentações ocorreram entre 2019 e 2020 em quatro empresas pertencentes a Glaidson.

Duas dessas empresas são sediadas em Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro. Já as outras duas empresas são de Barueri, em São Paulo.

Segundo um levantamento do Jornal O Globo, o capital social declarado pelas quatro empresas é superior a R$ 136 milhões.

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