Dificuldade de mineração do Bitcoin tem nova alta e atinge maior nível desde maio

No dia em que se completaram 13 anos do lançamento do white paper do Bitcoin (BTC), a rede sofreu um novo ajuste de dificuldade. Conforme dados do pool BTC.com, a dificuldade de mineração (hash rate) do BTC aumentou 7,85% no dia 31 de outubro.

Como resultado, o hash rate médio chegou aos 155,03 exahashes por segundo (EH/s). Este é o maior nível de dificuldade desde 13 de maio. Na ocasião, o BTC atingiu 179,25 EH/s, uma máxima histórica.

Este também foi o oitavo aumento consecutivo no hash rate do BTC e o segundo maior dessa série. O reajuste atual só foi menor que o do dia 25 de agosto (13,24%).

Desde que o governo da China proibiu a mineração no país, a força computacional tem se recuperado a uma velocidade exponencial. A sequência de oito reajustes fez o BTC registrar 60% de alta no hash rate desde 17 de julho.

Sequência de altas recuperou 60% da força computacional do BTC. Fonte: BTC.com

A dificuldade de mineração é a medida que determina o quanto é difícil descobrir e colocar em circulação novos BTC. Essa dificuldade pode aumentar ou diminuir conforme a atividade dos mineradores na rede.

O próximo ajuste está previsto para ocorrer em 14 de novembro. De acordo com os dados do BTC.com, a expectativa é de que haja um leve aumento de 0,45%, que será o nono consecutivo.

Preço do BTC estimula novas entradas

De acordo com Ray Nasser, CEO da mineradora Arthur Mining, a expectativa é de que a rede siga registrando novos aumentos de dificuldade. Mas dessa não se trata apenas de religamento das máquinas banidas da China.

“Vai continuar tendo aumentos. Não é tudo reinstalação, acho que metade desse aumento são máquinas novas sendo produzidas. A alta do BTC fez a mineração ser ainda mais rentável, e as máquinas estão trabalhando a todo vapor”, afirma.

De fato, o hash rate possui uma estreita – e direta – ligação com o preço do BTC. Quanto maior o preço da criptomoeda, maior o estímulo para a entrada de novos mineradores. Com mais máquinas na rede, a força computacional tende a crescer.

Rudá Pellini, presidente da Arthur Mining, concorda com a avaliação de Nasser, mas ressalta que a realocação dos mineradores expulsos da China ainda pode demorar.

“Acredito que a realocação total dos equipamentos que estavam na China ainda levará pelo menos mais um semestre. Nesse sentido, a retomada do hashrate tem sido em grande parte ocasionada também pela entrada de equipamentos novos, vindos de acordos de compra entre as principais mineradoras do mundo e os fabricantes.”

O crescimento do hash rate e da mineração também deu fôlego ao lucro das companhias. De acordo com Pellini, a Arthur Mining registrou crescimento de 23.07% no EBITDA (lucro antes de juros e amortizações) em comparação com o segundo trimestre deste ano.

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