Criptomoedas receberão tags digitais “padrão ISO” que ajudarão a popularizar mercado

A partir do mês de setembro, criptomoedas como Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH) ganharão “tags” que ajudarão a popularizar o mercado de criptoativos.

Os chamados Identificadores de tokens digitais, ou DTIs, na sigla em inglês, serão registrados pela DTI Foundation. A organização sem fins lucrativos pertence à fintech Etrading Software, uma empresa que fornece infraestrutura de mercado.

Essas tags já são usadas no mercado tradicional, em ações individuais e derivativos. Na prática, os produtos de investimentos são identificados com um número exclusivo.

Essa “etiqueta digital” ajuda reguladores e participantes do mercado a identificar, rastrear e quantificar os riscos das negociações.

A iniciativa surge em meio a debates aprofundados e cada vez mais necessários a respeito da regulação do mercado de moedas digitais. 

Atualmente, o valor de mercado total das criptomoedas já passa de US$ 2 trilhões. Contudo, apesar disso, o setor ainda não tem uma regulação específica na maioria dos países.

Criptomoedas no mainstream?

À uma reportagem da Reuters, publicada nesta quarta-feira (25), o sócio-gerente da Etrading Software, Sassan Danesh, explicou que, à medida que o setor de criptoativos cresce em tamanho, os reguladores e o mercado precisarão de identificadores para rastreá-lo melhor.

Nesse sentido, os DTIs criarão uma ponte entre os títulos tradicionais e o novo mundo tokenizado. Para tanto, a empresa lançará mão das normas globais da Organização Internacional de Padronização (ISO). O processo deve ser concluído até o fim de setembro, segundo Danesh.

Ainda de acordo com o executivo, o registro DTI emitirá formalmente identificadores para os 100 ativos digitais mais importantes do mercado, que representam mais de 80% do mercado atual. Naturalmente, a lista inclui BTC, ETH, Dogecoin (DOGE) e XRP.

Conforme observou Danesh, os identificadores tornarão mais fácil comparar quais exchanges oferecem os melhores preços para criptoativos específicos.

Além disso, poderão ser usados para detectar abusos de mercado e aumento de riscos, como acontece atualmente nas negociações de títulos e derivativos

“Temos certeza de que haverá um mandato regulamentar para relatar ativos digitais. E isso é impulsionado apenas pelo tamanho do mercado digital, que agora não pode ser ignorado pelos reguladores”, disse Danesh.

Embora as identificações fiquem prontas em setembro, Danesh explicou que leva tempo até que os DTIs sejam incorporados aos mercados. Portanto, ele espera que, no fim de 2023, ocorra a primeira introdução de relatórios obrigatórios.

“As instituições financeiras, quando procuram adicionar ativos digitais ao escopo das classes de ativos que desejam negociar, o diretor de compliance não quer propor políticas inteiramente novas”, disse Danesh. “É aí que o DTI se encaixa, faz parte da mesma família de padrões ISO.”

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