Confira 5 investimentos para proteger seu patrimônio da inflação

Os índices de inflação vieram acima do esperado tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. No caso brasileiro, o IPCA acumulado de 12 meses foi mais que o dobro da atual taxa Selic. Ou seja, quem aplicou em investimentos cuja referência é a taxa de juros, perdeu poder de compra.

Como se não bastasse, as projeções de IPCA a 5,44%, neste ano, e de 3,70%, no próximo, não são animadoras. Escolher bons investimentos virou, acima de tudo, uma questão de sobrevivência.

Neste texto vamos conferir cinco investimentos, de fundos a criptomoedas, que podem ajudar a proteger o patrimônio contra aumentos do IPCA.

Tesouro IPCA+

Os títulos públicos são uma das formas mais acessíveis de investimentos. E o Tesouro IPCA+ é a principal maneira de colocar a inflação para trabalhar a favor do brasileiro investidor.

Este título combina um retorno prefixado (taxa definida no ato do investimento) mais a taxa do IPCA, que é pós-fixada. Assim, um título Tesouro IPCA+ paga não apenas a inflação do período, mas um retorno adicional.

Muitos desses títulos oferece um retorno real superior a 4%. Entretanto, o investidor deve ter em mente que o retorno total só é garantido com a manutenção do título até o vencimento.

Títulos Tesouro IPCA+ abertos para investimento. Fonte: Tesouro Direto.

Fundos de inflação

Os fundos de inflação funcionam com base na praticidade. Ao contrário dos títulos, o investidor não precisa decorar aquele monte de códigos e letras, tarefa essa que passa a ser função do gestor do fundo.

Nesses fundos, a carteira é composta por uma cesta de títulos públicos indexados ao IPCA, que tem como objetivo superar um índice, normalmente o “IMA-B” ou o “IMA-B 5”. Por isso, os fundos também atuam como ferramentas de diversificação entre vários títulos num único fundo.

Todavia, as vantagens desses fundos acompanham custos maiores, visto que eles possuem come-cotas, taxa de administração e performance, além de cobrança de imposto de renda. Por outro lado, os títulos públicos possuem apenas a taxa de administração (que costuma ser baixa ou até gratuita) e o imposto.

ETFs de renda fixa

A indústria dos fundos negociados em bolsa (ETF) cresce a passos largos desde 2020. Embora ainda faltem opções no Brasil, o mercado de renda fixa possui diversos ETFs.

Uma das vantagens desse veículo é que as taxas são muito mais baixas do que fundos tradicionais e até o Tesouro Direto. Por outro lado, eles são negociados em bolsa, o que traz uma volatilidade maior nas cotas dos fundos.

Atualmente, existem cinco ETFs listados na B3 que acompanham o IPCA. O B5P211 acompanha o desempenho de títulos de curto prazo (até cinco anos). O IB5M11 e B5MB11 acompanham títulos superiores a cinco anos.

Por fim, o IMAB11 e IMBB11 acompanham o IMA-b geral, índice que engloba todos os títulos da dívida pública brasileira.

Fundos imobiliários

Os fundos imobiliários ganharam destaque desde o início do ciclo de cortes da Selic, em 2020. De fato, o brasileiro sempre gostou de investir em imóveis, os quais serviam de maior proteção nos tempos de hiperinflação.

A principal característica dos fundos imobiliário é o pagamento de dividendos mensais. Em virtude dessa política, eles garantem um fluxo de renda previsível e crescente para o investidor.

Diante da inflação em alta, pelo menos dois fundos se destacam no mercado. Primeiramente, aqueles com imóveis cujos contratos são reajustados pelo IPCA ou IGP-M. Esses índices garantem que os dividendos terão reajustes reais, aumentando a renda do cotista.

Há também os fundos que investem em títulos atrelados ao IPCA ou IGP-M, como os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e Letras de Crédito Imobiliário (LCIs).

Bitcoin

Definitivamente, uma lista de proteções contra inflação não estaria completa sem o Bitcoin. Apesar de ser um ativo relativamente recente, ele demonstrou seu valor ao longo do tempo.

Dentre as criptomoedas, o Bitcoin possui maior valor de mercado e é o principal exemplo. Nos últimos 12 meses, a valorização acumulada é de quase 300%, ou seja, quase 40 vezes maior que o IPCA acumulado no mesmo período.

Visto que trata-se de uma reserva de valor, o BTC fornece proteção contra a inflação de qualquer moeda fiduciária. Ter parte do portfólio em BTC talvez seja o mais eficiente dos seguros contra a inflação.

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