Começa hoje a nova fase do Open Banking; entenda o que muda

O Banco Central deu início nesta sexta-feira (13) à implementação da segunda fase do Open Banking. A nova fase estava agendada para 15 de julho, mas sofreu uma série de adiamentos. Agora, porém, a implementação terá duas fases em agosto.

Nesta segunda fase, o Bacen pretende ampliar o compartilhamento de informações de clientes com instituições financeiras. A segunda fase também focará no aumento da segurança e da proteção dos dados dos clientes.

Além do anúncio, o Bacen realizou uma live na qual explicou mais detalhes a respeito da segunda fase. Estiveram presentes Aristides Cavalcante, diretor de Segurança Cibernética do Bacen; João André Pereira e Eduardo Daniel, chefes de departamento do Bacen; e Luana Soratto, coordenadora do Open Banking;

Entenda a nova fase

De maneira geral, o objetivo do Open Banking é aumentar a competitividade e integração entre o sistema bancário brasileiro. O serviço permitirá que os brasileiros tenham acesso a produtos mais personalizados e com menores custos.

Isso ocorre porque no Open Banking, o cliente pode autorizar o compartilhamento de seus dados com outras instituições. Assim, os bancos terão acesso mais rápido a informações necessárias para fazer a avaliação de crédito, por exemplo.

De acordo com o Bacen, “deve aumentar a competitividade entre os bancos e melhorar a oferta de produtos e serviços”. Na segunda fase, o foco será na integração entre clientes e bancos. A partir daqui, os clientes poderão compartilhar informações sobre suas transações financeiras relacionadas a contas, cartão de crédito e operações de crédito.

Contudo, o cliente precisa dar autorização expressa para que seus dados sejam compartilhados. Além disso, apenas os bancos autorizados poderão visualizar as informações. Dessa forma, os dados passarão a estar em posse dos clientes, e não mais das instituições.

Segundo Aristides Cavalcante, os bancos não poderão cobrar pelo compartilhamento de dados do cliente com outras instituições. Os dados compartilhados serão protegidos pela lei de sigilo bancário e por protocolos de segurança do sistema.

Além disso, Cavalcante ressaltou que todo o processo de análise de crédito será realizado de forma digital. “O Open Banking fará com que o cliente não precise mais juntar extratos e documentos de papel para levar no banco e fazer análise de crédito. O compartilhamento desses dados será feito de forma digital, com facilidade e sem burocracia”, disse.

Como compartilhar os dados

Para realizar o compartilhamento de dados, o cliente deve autorizar a operação por meio do site ou aplicativo de Internet Banking do seu banco. Por exemplo, se um cliente do Nubank quiser compartilhar seu histórico de compras com o banco Itaú, poderá fazer isto através do aplicativo da fintech.

Nesse sentido, o Bradesco terá mais informações sobre o cliente e poderá oferecer um produto adequado a seu perfil. Tudo isso com base nos dados e histórico formados em outra instituição.

“Os dados são do cliente e ele pode decidir com quem compartilhar, o que compartilhar e por quanto tempo deseja manter esse acesso. O cliente poderá saber quais dados estão divididos e com quais instituições, podendo cancelar a qualquer momento. Assim, a pessoa que decidirá se há vantagem em compartilhar os dados”, disse João André Pereira.

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