Cinco frases clássicas escritas por Satoshi Nakamoto

Satoshi Nakamoto sem dúvida foi o principal nome da história do Bitcoin (BTC). Afinal, ele não apenas criou a tecnologia, como também se manteve ativo na comunidade durante mais de dois anos.

Nesse período, Satoshi contribuiu com códigos e resolução de problemas que chegaram a ameaçar todo o projeto. Contudo, Satoshi resolveu sair da rede em abril de 2011 e desde então nunca mais foi visto.

Uma frase clássica dita por ele era sua ressalva de que sempre foi melhor com códigos do que com palavras. Mesmo assim, Satoshi também deixou frases clássicas que hoje são referências para toda a criptoesfera. Confira agora cinco dessas frases e os contextos nos quais foram escritas.

Sobre moedas perdidas

As estimativas mais confiáveis apontam que atualmente, pelo menos 20% dos BTC estão perdidos para sempre. Isso significa que pelo menos quatro milhões de BTC não podem ser mais acessados.

Na maioria das vezes, essas perdas ocorrem por pessoas que não armazenam suas chaves privadas com segurança. Mas para Satoshi, os BTC perdidos têm uma enorme utilidade.

Em 21 de junho de 2010, ele escreveu uma clássica frase no Bitcointalk a respeito disso. Na ocasião, o usuário Lazlo perguntou se não faria mais sentido econômico tentar recuperar as chaves perdidas. Satoshi respondeu:

“As moedas perdidas apenas fazem as moedas de todos os outros valerem um pouco mais. Pense nisso como uma doação para todos.”

De fato, como o BTC é escasso, a perda de moedas diminui ainda mais essa quantidade. Portanto, o valor das demais criptomoedas é indiretamente beneficiado.

Sobre terceiros de confiança

A frase “don’t trust, verify” (não confie, verifique) é um dos lemas mais repetidos pela criptoesfera global. Ela não foi cunhada por Satoshi, mas a descentralização é obviamente um princípio basilar do BTC.

Nesse sentido, Satoshi foi o primeiro a classificar o BTC como um “dinheiro seguro”. A frase consta num e-mail escrito por Satoshi em 11 de fevereiro de 2009, um mês após o lançamento da criptomoeda.

“Com a moeda eletrônica baseada em prova criptográfica, sem a necessidade de confiar em intermediários terceirizados, o dinheiro pode ser seguro e as transações sem esforço”, disse Satoshi.

Bitcoin para micropagamentos – ou não?

A escalabilidade da blockchain do BTC é um debate tão acirrado quanto a origem da vida. De um lado, há a corrente que defende o foco em micropagamentos. Por outro, a rede deve manter a segurança, ainda que em troca de menor escalabilidade.

Antes da guerra dos blocos de 2017, o tema já era discutido pelo próprio Satoshi. Houve uma discussão em 4 de fevereiro de 2010 sobre a possibilidade de ataques serem realizados com pequenas transações na rede, em valores de 0,00000001 BTC. E a posição do criador do BTC foi a seguinte:

“Bitcoin não é atualmente prático para micropagamentos muito pequenos. Não para coisas como pagamento por pesquisa ou visualização de página sem um mecanismo de agregação, nem coisas que custem menos de 0,01 (BTC). O limite de spam é a primeira tentativa intencional de evitar micropagamentos excessivamente pequenos como esse”, disse Satoshi.

Porém, os defensores do BCH que não fiquem animados, já que a palavra-chave da resposta de Satoshi é atualmente. Com as novas tecnologias como a Lightning Network, o BTC já é capaz de realizar essas transações sem coloca a blockchain principal em risco de ataques.

O ninho de vespas

Esta frase foi escrita em 11 de dezembro de 2010, quando o site Wikileaks anunciou que aceitaria doações em BTC. A medida foi tomada em resposta ao bloqueio das doações realizado pela Visa.

A medida foi comemorada em peso por toda a comunidade, exceto pelo próprio Satoshi. O criador do BTC escreveu uma frase que serve como um alerta e, ao mesmo tempo, um pedido a Julian Assange, criador do Wikileaks.

“O WikiLeaks chutou o ninho de vespas e o enxame está vindo em nossa direção.”

Satoshi temia que o Wikileaks chamasse atenção desnecessária para o BTC, ou pior: que o volume de transações comprometesse a rede.

Essa mensagem também possui uma grande importância história, pois foi a penúltima escrita por Satoshi antes de seu desaparecimento. Será que o anonimato dele teve a ver com a decisão do Wikileaks?

“Sem tempo, irmão”

Por fim, outra mensagem clássica de Satoshi, a qual foi escrita em 29 de julho de 2010. O criador do BTC foi questionado sobre o tempo para aprovar uma transação.

De acordo com o usuário bytemaster, autor da pergunta, o BTC precisava processar as transações tão ou mais rápido do que cartões de crédito.

A resposta completa de Satoshi foi uma verdadeira aula a respeito da segurança da rede. Mas a parte final (grifada em negrito) foi o trecho que entrou para a história:

“Veja o tópico da máquina de salgadinhos, eu descrevo como um processador de pagamento poderia verificar os pagamentos bem o suficiente. Na verdade, muito bem (taxa de fraude muito menor do que cartões de crédito), em algo como dez segundos ou menos. Se você não acredita em mim ou não entende, não tenho tempo para tentar te convencer, desculpe“, disse Satoshi.

A mensagem destaca algo que foi dito pelo próprio Satoshi: ele era de fato melhor com códigos do que com números. Sua comunicação era direto ao ponto, sem perda de tempo, tempo que ele gastou melhorando o código do BTC e criando uma invenção revolucionária.

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